O crédito malparado quer das famílias, quer das empresas aumentou no mês de Julho (comparativamente a Junho) na ordem dos 18.867 milhões de euros. Os números foram divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
No final de Julho, a banca tinha emprestado aos particulares e às empresas 205.957 milhões de euros, dos quais 18.867 milhões de euros eram considerados créditos vencidos pelas instituições financeiras, o que, segundo o BdP, equivale a 9,16% do total dos empréstimos.
Tendo em linha de conta apenas o crédito concedido às famílias, no final de Julho, tinham sido emprestados 121.379 milhões de euros, dos quais 5.394 eram de cobrança duvidosa, ou seja, o equivalente a 4,44%.
Muito embora em relação ao mês de Junho estes valores se traduzam numa diminuição dos empréstimos concedidos aos particulares, a realidade é que se traduzem num aumento do peso do crédito malparado neste sector. Com efeito, no mês de Junho, a banca tinha emprestado 121.669 milhões de euros às famílias e o malparado ascendia a 5.380 milhões de euros, isto é, 4,42% do total.
No que concerne às empresas, no final de Julho, a banca tinha emprestado 84.578 milhões de euros às sociedades não financeiras e, destes, 13.473 milhões eram considerados como malparado, o equivalente a 15,9%.
À semelhança dos particulares, estes valores revelam igualmente um agravamento do crédito malparado concedido às empresas face ao mês anterior. Com efeito, em Junho, os bancos tinham emprestado 85.366 milhões de euros, estando 13.423 milhões de euros na categoria de crédito vencido, ou seja, 15,7% do total.
O BdP revela ainda que, desde o início de 2015, que se tem verificado uma tendência para a diminuição do crédito total concedido, ainda assim com um agravamento do crédito malparado. No final de 2014, os empréstimos da banca tanto a empresas como a particulares ascendiam aos 209.614 milhões de euros, dos quais 8,4% eram considerados de cobrança duvidosa. O crédito vencido das famílias representava 4,3% do total de crédito concedido e o malparado das empresas representava 14,3% do total de empréstimos a este sector, valores que no mês de Julho eram ligeiramente mais elevados, de 4,4% e 15,9%, respectivamente.