O Pavilhão Carlos Lopes, que se encontra vetado ao abandonado há vários anos, vai ser reabilitado pela Associação de Turismo de Lisboa. Quando voltar a abrir portas, o aluguer total do espaço terá um custo de 9.975,00 euros por dia.
O Pavilhão Carlos Lopes engloba uma sala multiusos com capacidade para 2.000 pessoas, uma zona de entrada, com hall e foyer, e um salão nobre. De acordo com o plano de exploração preliminar, a que a Lusa teve acesso, o aluguer da sala multiusos está cifrado em 7.220,00 euros, o salão nobre em 900 euros por dia e a recepção e foyers em 2.070,00 euros. Está, no entanto, previsto que estes valores possam ser reduzidos em alugueres que compreendam dois ou mais dias.
Estes valores, segundo refere o documento, foram calculados com base nas “práticas actuais” de espaços como a Sala Tejo, o Convento do Beato ou o Pátio da Galé, ou seja, “infra-estruturas com algumas características comparáveis”.
Recorde-se que o Pavilhão Carlos Lopes, localizado junto ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, foi criado na década de 1920 para celebrar o 100.º aniversário da independência do Brasil. Em 2003 foi encerrado por falta de condições de segurança e, desde então, não mais abriu portas. As soluções que foram apresentadas ao longo dos anos para este espaço passaram pela criação de um Museu Nacional do Desporto e pelo novo Centro de Congressos de Lisboa mas, a realidade, é que estes projectos acabaram por não sair da gaveta. Face a esta inércia, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu atribuir a responsabilidade de recuperar, desenvolver e dinamizar este espaço à ATL.
Assim, em cima da mesa de debate está a possibilidade de a ATL passar a ter direito de superfície sobre uma área de 12,9 mil metros quadrados, pelo prazo de 50 anos e por cerca de 3,5 milhões de euros. As obras de reabilitação deste espaço estão orçadas em 8,5 milhões de euros e deverão ser implementadas entre dois a três anos. Refira-se que, deste valor total, um milhão de euros será pago com recurso a fundos próprios da ATL, 4,6 milhões do Turismo de Portugal e ainda 2,9 milhões de euros através de um empréstimo bancário. A manutenção do pavilhão custará à ATL 222 mil euros por ano.
O plano em questão, que foi aprovado pela direcção da ATL no final de Julho, realça o facto de se tratar de um espaço com uma “grande polivalência”, tendo a capacidade para acolher eventos tão diversificados quanto conferências, comícios, espectáculos, reuniões corporativas, jantares, apresentações de produto, festas, exposições gastronómicas ou provas desportivas. Para a ATL, este novo espaço para eventos, além do “efeito directo que terá na angariação/acolhimento de eventos”, vai também “acrescentar notoriedade ao destino”.
O mesmo prevê ainda a ocupação gratuita por parte de colectividades através de protocolos estabelecidos com a autarquia e em períodos considerados de “épocas baixas”.