A Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer vender mais 51 imóveis considerados não-essenciais para o futuro da cidade. Mau grado, a Assembleia Municipal diz desconhecer esta estratégia e vai levar o assunto a debate.

A presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, considera que os “objectivos” dos programas de habitação aprovados nos últimos anos pela CML “não são evidentes nas propostas avulsas de alienação de activos” que têm sido feitas pelo executivo e defende que é necessário “tornar claros os benefícios sociais que se pretendem alcançar para a cidade, além dos benefícios estritamente financeiros”.

Neste âmbito, Helena Roseta vai levar hoje à reunião da assembleia a recomendação, designada por “Para uma gestão patrimonial sustentada e sustentável no município de Lisboa”. O objectivo é garantir que seja incrementada uma “gestão responsável e sustentada do património municipal” e elaborada uma “Estratégia de Gestão Sustentável do Património Imobiliário Municipal, numa perspectiva de médio e longo prazo (cinco a dez anos)”.

Esta acção surge após ter sido lançado o plano de alienação de activos não estratégicos do município, que surge referenciado na proposta de orçamento municipal para 2016 como contribuindo de forma decisiva para a redução da dívida da autarquia.

Foto: CML