O Bando de Portugal (BdP) revelou que o crédito malparado de famílias e empresas desceu ligeiramente no mês de Setembro. A descida foi de mais de 19.000 milhões de euros, registados em Agosto, para, no mês seguinte, os 18.969 milhões de euros.

De acordo com o BdP, em Setembro, o total dos empréstimos concedidos pela banca ascendia a 204.893 milhões de euros, pelo que os 18.969 milhões de euros de créditos vencidos representavam 9,26% do total dos empréstimos.

Apesar da queda em valores absolutos do crédito malparado, de 31 milhões de euros, no mês em foco também diminuiu ligeiramente o 'stock' do crédito às famílias e empresas (-0,3%) face a Agosto, daí que os valores referentes ao crédito malparado tenham apresentado uma ligeira queda (9,29% Setembro face a 9,29% em Agosto).

Já no que diz respeito ao crédito destinado a particulares, em Setembro, cifrou-se nos 121.166 milhões de euros, ou seja, mais 21 milhões de euros (0,017%) do que em Agosto. Sendo que desse total de Setembro, 5.358 milhões corresponde ao malparado, ou seja, 4,42% do total. O valor percentual do malparado foi exatamente o mesmo registado em Agosto.

Do total dos empréstimos a particulares, o BdP refere que 99.580 milhões de euros correspondiam a créditos à habitação, num ligeiro aumento (0,06%) face ao mês anterior, sendo que 2,57%, isto é, 2.557 milhões, eram de cobrança duvidosa. Mais uma vez, o valor relativo dos créditos de cobrança duvidosa foi exatamente o mesmo de Agosto.

No que concerne ao montante emprestado pela banca para consumo das famílias atingiu 11.946 milhões de euros no final de Setembro, igual valor registado em Agosto. Tendo em conta que daquele valor, 1.262 milhões correspondiam a crédito malparado, ou seja, 10,56% do total, e houve uma ligeira queda face a Agosto.

No caso das empresas, no final de Setembro, os empréstimos concedidos foram de 83.727 milhões de euros, o que perfaz o terceiro mês consecutivo de queda.

O crédito de cobrança duvidosa das empresas passou de 13.736 milhões em Agosto para 13.611 milhões, numa melhoria de 0,91%, sendo que a percentagem de crédito malparado manteve-se nos 16,26%.

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