A actividade no mercado de escritórios de Lisboa já cresceu 47% no acumulado dos dez primeiros meses de 2015 face a igual período de 2014, com uma absorção total de 119.851 m² até ao final de Outubro, apurou o Office Flashpoint da JLL.

Nesse mês, a tomada de espaços de escritórios de maior dimensão pelas empresas manteve-se como uma das tendências em destaque, traduzida pelo aumento da área média contratada por operação.

No mês de Outubro foram ocupados 14.687 m² de espaços de escritórios no mercado de Lisboa, revelando um crescimento homólogo de 203%. No entanto, em termos de evolução mensal, este valor ficou 58% abaixo do volume de absorção registado num mês de Setembro atípico, cuja actividade atingiu níveis excepcionalmente elevados (35.330 m²). Em Outubro, a quota de mercado da JLL em termos de colocação de escritórios atingiu os 31%.

A tendência para a concretização de transacções de grandes áreas manteve-se em Outubro, mês durante o qual a área média por operação atingiu os 730 m².

Numa análise por zonas, o destaque foi para o Parque das Nações (Zona 5) que, embora exiba uma taxa de disponibilidade muito reduzida, foi palco de três operações de grande dimensão (mais de 1.000 m²), nomeadamente a entrada de uma nova empresa de call centre e as expansões de área levadas a cabo pelo BNP Paribas Securities Services e pelos CTT, que fizeram desta zona a mais activa do mercado ao concentrar 45% da área ocupada em Outubro.

Seguiu-se a Nova Zona de Escritórios (Zona 3) e o Prime CBD (Zona 1) com quotas de 18% e 15%, respectivamente. Já no acumulado do ano, a zona com maior quota de mercado é o CBD, representando 20% do volume total de absorção, embora seguido de perto pelo Parque das Nações e pelo Corredor Oeste (Zona 6) com quotas de 19% e 18%, respectivamente.

Em relação aos sectores de actividade mais activos em Outubro, a liderança foi para as empresas de ‘TMT’s & Utilities’, responsáveis pela tomada de 34% do volume mensal de absorção, seguidas das empresas de ‘Outros Serviços’ cuja quota de 21% inclui a expansão de área dos CTT. No entanto, em termos acumulados o sector de ‘Serviços a Empresas’ foi o mais activo (30%), seguido das ‘TMT’s & Utilities’ (26%).

O Office Flashpoint da JLL sublinha ainda o facto de em Outubro o tipo de transacção ter sido mais homogéneo, com destaque para o aumento do peso das operações correspondentes a expansão de área (37%) e à entrada de novas empresas (26%), comparativamente à mudança de escritórios (38%). Embora esta última se tenha mantido como o tipo de operação mais representativa no acumulado do ano (59%), o fortalecimento das operações de expansão de área (31%) e de entrada de novas empresas (10%)  contribuíram para um aumento de 41 % no que diz respeito à área tomada no mercado de Lisboa em termos ‘líquidos’.