O tempo médio de venda e arrendamento de imóveis caiu em 2015. Ainda assim, os inquiridos no Imovirtual Market Index (IMI) anteciparam, no curto prazo, um desenvolvimento mais positivo da actividade.
O IMI, indicador que reflecte a expectativa dos agentes imobiliários em Portugal desenvolvido em parceria com a REVConsultants, terminou o ano com uma quebra significativa nos dois últimos meses do ano.
De entre os vários obstáculos que norteiam a actividade de mediação imobiliária e que contribuíram para a quebra do índice, destacam-se o facto de 55% das empresas mencionarem a manutenção de novo produto em carteira e 22% ter referiu um aumento em carteira.
No âmbito das estatísticas do IMI, 48% dos inquiridos mencionaram que se registaram a manutenção das visitas efectuadas, cerca de 28% uma diminuição e 24% um aumento. Do mesmo modo, em média, 22% das empresas inquiridas afirmaram ter registado um aumento do número de imóveis transaccionados, 44% mencionou a sua manutenção e 34% registou uma diminuição.
Em média 52% dos inquiridos, registou um comportamento estável no desenvolvimento da sua actividade, não obstante 27% ter referido um decréscimo e 22% um desenvolvimento positivo.
Destacam-se ainda como obstáculos, um maior optimismo a desadequação do produto imobiliário existente em relação à procura, avaliações bancários desfasadas da realidade e a diminuição do poder de compra.
No ano de 2015, o mercado observou uma melhoria do mencionado índice em relação a 2014. A colocação de imóveis no mercado registou igualmente uma alteração positiva entre o ano de 2014 e 2015.
Em 2015, o tempo médio de absorção de imóveis pelo mercado registou, de acordo com os inquiridos, um valor de 10,7 meses para venda e 3,4 meses para arrendamento enquanto em 2014 o período médio de 13,4 meses e 4,5 meses, respectivamente. No mês de Dezembro do ano de 2015, os inquiridos estimaram que os imóveis para venda registaram um tempo médio de absorção pelo mercado de 9,5 meses, e no arrendamento cerca de 3,4 meses.
As empresas de mediação imobiliária inquiridas, no curto prazo, alternam entre uma estabilização no nível de preços e um aumento. De facto, cerca de 47% dos inquiridos mencionou uma estabilização no nível de preços dos imóveis, 47% mencionou um aumento e 6,7% uma redução dos valores praticados.
No que concerne ao dinamismo da actividade, os participantes do IMI registaram um comportamento mais optimista no mês de Dezembro, com cerca de 62% dos inquiridos a anteciparem no curto prazo um desenvolvimento mais positivo da actividade (no mês transacto apenas 56% das empresas inquiridas antevia um dinamismo positivo da actividade).