A afirmação é da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) que alerta para o facto de em Janeiro deste ano terem sido registados 39 milhões de euros, menos 38,6 milhões que o apurado em Dezembro de 2015.

A CPCI refere que o registo mensal negativo, em Janeiro, dos montantes de investimento captado pelo programa de ‘Vistos Gold’ tem de ser “rapidamente encarado como um sinal de alerta, evidenciando que é necessário fazer muito mais para preservar um programa que, não só, revelou excelentes resultados, como, a par do Regime de Tributação de Residentes Não Habituais, permitiu colocar o nosso País no radar do investimento estrangeiro em imobiliário”.

De acordo com esta entidade, em Janeiro, apurou-se um volume total de novo investimento captado que foi de 39 milhões de euros, valor que é inferior, em 38,6 milhões, ao apurado no mês anterior, em resultado da atribuição de 65 Autorizações de Residência, ou seja, menos 30 que as verificadas em Dezembro do ano passado.

Por nacionalidades, verifica-se a atribuição de autorizações de residência a 46 cidadãos oriundos da China, cinco do Brasil, dois da Rússia e 12 de outros países, perfazendo um total de 2.853 autorizações concedidas desde o início deste programa, sendo que os cidadãos chineses representam 79%. O investimento total ao abrigo deste regime situou-se nos 1.732 milhões de euros, dos quais 1.564, ou seja, 90,2%, resultam da aquisição de imobiliário nacional.

Perante esta evolução, a CPCI reafirmar a “necessidade de garantir a confiança dos investidores, assente num quadro regulamentar sólido, com prazos de concessão e de renovação de vistos rigorosamente cumpridos pelas entidades competentes, dotadas de meios funcionais ajustados a um programa que já superou largamente os 120 milhões de euros em receitas directas para o Estado”.

A confederação recorda que “Portugal continua a dispor de condições de excelência para atrair os investidores estrangeiros”, pelo que “renova o apelo a um esforço por parte do Governo, no sentido de acompanhar o potencial imenso que o imobiliário português apresenta à escala global, evitando a fuga dos investidores para outros destinos, promovendo o País junto de um conjunto alargado de mercados externos”.

Foto: Anabela Loureiro