Segundo a Regus, o trabalho flexível é a chave para um local de trabalho mais feliz.
A volatilidade económica aumentou a pressão sobre os profissionais portugueses, com 82% a registarem mais doenças relacionadas com o stress desde o início da crise, apurou o mais recente inquérito da Regus, o fornecedor global de espaços de trabalho.
Mas as empresas podem ajudar a mudar esta tendência, uma vez que os profissionais identificaram o trabalho flexível como crucial para ajudar a aliviar o stress profissional (73%).
As doenças relacionadas com o stress tendem a agravar-se ou a provocar uma série de problemas de saúde graves, da obesidade à doença cardíaca, doença de Alzheimer, diabetes, depressão, problemas gastrointestinais e asma.
No seguimento de um estudo da Regus realizado no ano passado, em que 48% dos inquiridos consideravam, em termos globais, que os seus níveis de stress tinham aumentado em relação ao ano anterior, este estudo mais recente indica que quase um terço (32%) dos profissionais portugueses está, na verdade, a perder noites de sono devido à preocupação com o seu emprego.
O inquérito, que recolheu as opiniões de mais de 20.000 gestores de topo e empresários em 95 países, também apurou que os níveis de stress em Portugal estão a provocar um aumento preocupante do absentismo (61%), afectando tanto a produtividade das empresas, como o bem-estar do profissional.
Este estudo apurou ainda que 46% dos inquiridos sentem-se preocupados com a possibilidade de perder o emprego; 45% sentem-se menos confiantes quanto ao sector em que trabalham; 57% dos inquiridos responderam que os seus familiares e amigos notaram os seus níveis de stress provocado pelo trabalho; e 41% afirmam que o stress está a afectar adversamente as relações pessoais com os colegas.
Sobre os resultados deste inquérito, o Country Manager da Regus Portugal, Nuno Condinho, afirmou: "Os tempos de dificuldades económicas que se vivem no Ocidente e a taxa de crescimento sem precedentes nas economias emergentes estão a colocar uma enorme pressão nas empresas e nos seus funcionários. Espera-se que os profissionais produzam mais com menos e esta situação deixou marcas, ao ponto de muitos profissionais estarem à beira de um esgotamento”.
Nuno Condinho referiu ainda que “não surpreende que as preocupações relacionadas com o trabalho e as noites em branco que provocam estejam a deixar marcas nas vidas pessoais dos profissionais. Acima de tudo, é a sua saúde que está em risco, uma vez que o stress é um conhecido catalisador de várias doenças graves. As empresas que lidam pró-ativamente com as situações de stress entre os seus funcionários têm mais probabilidades de conseguirem uma força de trabalho mais saudável e níveis de absentismo reduzidos."