Com 27.048 m² arrendados, Junho foi o mês mais dinâmico deste ano na actividade do mercado de escritórios de Lisboa, concentrando cerca de 34% do volume total da área absorvida ao longo do primeiro semestre (79.506 m²).

Estes dados são avançados no último Office Flashpoint da JLL, consultora responsável pela colocação de 25% da área arrendada entre Janeiro e Junho.

Reflectindo um crescimento de 110% face ao nível de actividade registado em Maio (12.887 m²), o qual já tinha sido também um mês bastante activo, a absorção verificada em Junho apresenta ainda um aumento de 112% face à actividade do mês homólogo. No acumulado do semestre, a nota é também de crescimento, com a absorção a subir 57% face ao primeiro semestre do ano passado.

Esta tendência de crescimento é ainda evidente na área média por transacção, que em Junho se fixou em 933 m². Das 29 operações registadas no mês em análise, dez corresponderam à tomada de áreas superiores a 1.000 m², com o Office Flashpoint a destacar a tomada de uma área de 3.500 m² no Edifício Álvaro Pais e a mudança de escritórios de uma multinacional de serviços em outsourcing de atendimento ao cliente para um espaço de 3.400 m² no edifício D. Luís, esta última assessorada pela equipa da JLL.

Em termos geográficos, em Junho a zona mais dinâmica foi o Prime CBD (Zona 1), ao concentrar 27% da área absorvida no mercado de Lisboa, seguida do Central Business District (CBD – Zona 2) e da Zona Nova de Escritórios (Zona 3) com 19% e 18%, respectivamente. Já no acumulado do semestre, a Zona Nova de Escritórios (Zona 3) manteve-se como a mais activa, onde se concentra 29% da área total ocupada até junho, seguindo-se o CBD (Zona 2) e o Prime CBD (Zona 1) com 21% e 20% da absorção total, respectivamente.

No que respeita aos sectores de actividade mais dinâmicos na tomada de novos escritórios, o sector de ‘Serviços Financeiros’ representou 34% do volume absorvido em Junho, ao passo que ‘Serviços a Empresas’ domina no acumulado do ano com 40% da área ocupada.

A JLL destaca ainda pela positiva o facto de a absorção líquida estar a evidenciar um crescimento sólido em 2016, correspondendo a 42% da área transaccionada no acumulado do ano. Este valor é calculado pela soma das operações que tiveram na sua base a necessidade de as empresas expandirem a área ocupada (38%) e as operações conduzidas por novas empresas que estão a entrar no mercado de Lisboa (4%). Olhando para o mês de Junho, 49% da área transaccionada corresponde à absorção líquida do mercado.