O idealista realizou o primeiro estudo de arrendamento de quartos em Portugal e a principal conclusão é que em menos de um ano esta vertente imobiliária duplicou a sua oferta. Do mesmo modo, os preços subiram 9% nos últimos 12 meses.

De acordo com este relatório o interesse despertado pelo arrendamento de quartos aumentou 123%, nos primeiros seis meses de 2016, ultrapassando assim o dobro de pesquisas realizadas no primeiro semestre de 2015.

Outra grande conclusão a que chegou foi que o arrendamento de quartos deixou de ser uma opção habitacional apenas para estudantes, convertendo-se também na opção eleita por jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde.

A mesma fonte refere que a actual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornado o arrendamento de um quarto a opção mais vantajosa.

Por outro lado, partilhar casa continua a ser um estímulo para muitos jovens com vontade de serem independentes e sair da casa dos pais, uma tendência que se espera ver aumentar nos próximos anos.

De salientar neste relatório que o aumento da procura conduziu igualmente a uma subida do preço de quartos para arrendar na ordem dos 9% durante o último ano, situando o preço médio em Portugal nos 220 euros mensais.

Este incremento foi sentido nos principais distritos do País. Lisboa lidera a subida de preços na ordem dos 5%, apresentando-se, assim, como o distrito com os quartos mais caros do País com o custo de arrendamento de 257 euros mensais. Segue-se o Porto com um aumento de preços de 0,5% e com um custo de arrendamento de 209 euros por mês. Coimbra foi o distrito mais económico, tendo, não só, estabilizado os preços, como os manteve inalterados em relação ao ano anterior, cifrando-se o custo de arrendamento em 173 euros.

Em termos de perfil da procura que partilha casa, o relatório refere que são pessoas com 31 anos, vivem no centro de grandes cidades, não fumam (apesar de tolerantes com quem fuma) e não têm e nem permitem animais de estimação. Ainda assim, a mesma análise revela que a idade média dos habitantes varia em função da zona geográfica, sendo Lisboa o distrito com a média mais alta cuja média ronda os 31 anos, enquanto no Porto situa-se nos 29 anos. Por outro lado Coimbra, tradicionalmente estudantil, apresenta uma média de idades mais baixa na casa dos 26 anos.

Em 93% das casas convivem ambos os sexos, enquanto 6% vivem apenas indivíduos do sexo feminino e 1% exclusivamente masculino.

Foto: Idealista News