O último Portuguese Housing Market Survey (PHMS) divulgado, referente ao mês de Novembro de 2013, revela que nesse mês se atingiram os níveis de venda de casas mais elevados dos últimos três anos.

 

Estes valores foram os melhores desde Setembro de 2010, altura em que o inquérito do PHMS teve início. Assim, o saldo de respostas relativo a acordos de vendas regressou a terreno positivo, atingindo o seu melhor resultado desde início do inquérito.

 

O economista sénior do RICS, Josh Miller, comenta que “o último inquérito sugere que os níveis de transacção relativos a vendas estão finalmente a começar a crescer, sendo um reflexo do fluxo das notícias económicas mais animadoras no País. Por enquanto,tal ainda não pode ser considerado em termos dos preços das casas”.

 

De acordo com o PHMS de Novembro, as expectativas de vendas para os próximos três meses aumentarem de forma expressiva e, ao mesmo tempo, a série relativa a novas instruções de compra manteve-se positiva pelo quarto mês consecutivo.

 

O índice de confiança nacional – medida que conjuga preços e expectativas relativas a vendas -, apresentou-se positivo em Novembro, registando, inclusive, o resultado mais elevado da série, sendo apenas a segunda vez que o indicador obtém um resultado positivo desde que o inquérito foi lançado. Já os preços das casas continuam em queda, embora

 

a um ritmo mais lento do que o verificado no início do ano.  Entretanto, as expectativas relativas a meses para os próximos três meses são agora menos negativas face a qualquer mês dos últimos anos. Em conjunto, estas condições traduzem uma melhoria da dinâmica de vendas e que os resultados do mês suportam esta noção.

 

O director da Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães, acrescenta que “os agentes estão muito cautelosos face à evolução do mercado. A recuperação económica e no desemprego melhoram o potencial do mercado, mas são ainda insuficientes para travar a descida de preços e descongelar o crédito. Já o Golden Visa começa a ser citado pelos seus efeitos positivos no mercado”.

 

Já no mercado de arrendamento, registou-se um aumento da procura em Novembro, acompanhado, contudo, de uma queda nas instruções por parte dos proprietários. As expectativas relativas ao volume de arrendamentos subiram de forma marginal. As rendas continuaram a cair e deverão continuar a cair nos próximos três meses.

Foto: Anabela Loureiro