Entre Janeiro e Novembro de 2013 foram transaccionados 62 mil metros quadrados de áreas de escritórios na Grande Lisboa. Este foi o "pior (ano) de sempre", segundo o estudo apresentado hoje pela consultora Cushman & Wakefield (C&W).

Apesar deste cenário negro, ao nível das rendas na zona prime, a mais cara de Lisboa (eixo da Avenida da Liberdade, Marquês de Pombal e Avenida Fontes Pereira de Melo/Saldanha) manteve-se estável, com 18,5 euros/ m2/mês.

Já ao nível dos centros comerciais verificou-se uma estagnação da oferta. Além de não terem sido inaugurados quaisquer novos projectos no ano transacto, apenas se destaca a expansão do Algarve Shopping, com mais 3.000 metros quadrados. A grande excepção surge ao nível do comércio de rua, que, segundo a C&W, "manteve-se novamente como a exceção à regra -cada vez mais atractivo".

Para o managing partner da consultora em Portugal, Eric van Leuven, "apesar dos indicadores macro-económicos positivos registados em 2013, do lado da ocupação do imobiliário comercial ainda não sentimos um aumento pronunciado de actividade. As empresas e os lojistas continuam ainda muito focados em aumentar eficiências e reduzir custos".

Eric van Leuven avançou, ainda, que "no mercado de investimento já existe uma clara consciência de que a relação preço/qualidade do imobiliário português começa a ser muito atractiva, o que se traduziu num maior volume de negócios fechados em 2013 comparativamente com 2012”. Acrescentando que “as rendas de escritórios e lojas mantiveram-se estáveis nas melhores localizações mas voltaram a sofrer reduções nas localizações menos prime. As taxas de rentabilidade para os melhores produtos também estabilizaram".

Foto: Anabela Loureiro