Esta afirmação foi proferida pela AICCOPN que avançou que, face à diminuição do número de insolvências na construção e no imobiliário para quase metade em 2013, estes sectores poderão recuperar milhares de postos de trabalho. Para tal é necessário a cooperação do Governo.
Em comunicado, a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), explica que “estes dados, além de atestarem de forma clara que o processo de ajustamento do sector se encontra, há muito, concluído, comprovam o esforço levado a cabo pelo tecido empresarial para suster os efeitos daquela que é a pior crise de que há registo nesta actividade".
O cenário traçado pela associação mostra que, desde 2002, assistiu-se a perdas constantes de produção, chegando a uma quebra acumulada da actividade na ordem dos 54%. Ainda assim, o número de empresas do sector que encerraram portas diminuiu em cerca de 7.000, em 2013, face aos 13.000, de 2012. Esta nova realidade é, na opinião, da AICCOPN, "ainda mais favorável que a registada para o conjunto da economia, que evidencia uma melhoria de 9,7%" ao nível do número de insolvências.
Segundo a AICCOPN, os sectores da construção e do imobiliário estão "a dar o seu contributo para o ténue processo de recuperação económica e de captação do investimento que a economia começa a apresentar". No entanto, defende que "agora é a vez de o Governo criar as condições para que este esforço não seja em vão e para que a tendência de crescimento verificada nos últimos meses de 2013, para a qual foi essencial o papel do sector da construção e do imobiliário, se possa consolidar de forma definitiva".
Para que se consiga alcançar a meta da consolidação, é necessário esforços conjuntos para implementar as restantes medidas previstas no “Compromisso para a Competitividade Sustentável do Setor da Construção e Imobiliário”, que foi estabelecido entre o Governo e a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), e "que podem significar a recuperação, até ao final do ano, de 70 mil postos de trabalho, metade do impacto esperado".
Foto: Anabela Loureiro