O ano de 2013 registou a pior absorção de escritórios em Lisboa dos últimos 10 anos, afirma a consultora Aguirre Newman. Mas a sua análise revela também algum optimismo para 2014, já que tudo indica que irá existir uma absorção superior à do ano transacto.
Segundo a consultora Aguirre Newman, em 2013, a área de escritórios contratada (77.802 m2) foi inferior em 24% à registada em 2012 (101.974 m2). A colocação de escritórios de 2010 a 2013 registou níveis médios anuais inferiores a 98.000 m², que comparam com a média anual superior a 160.000 m² entre 2003 e 2009.
Apesar da quebra no volume das transacções, o total das operações em 2013 foi de 186, correspondendo a apenas mais uma transacção de arrendamento do que em 2012, o que traduz uma superfície média contratada por transação inferior. Numa análise geográfica do número de transacções registadas em 2013, destaca-se o crescimento da Zona Secundária (Zona 4) e do Parque das Nações (Zona 5), com mais 17 e 15 transações respectivamente, que em 2012, e o decréscimo da Prime CBD (zona 2) e do Corredor Oeste (Zona 6), com menos 17 e 11 transacções respectivamente.
De acordo com o director do departamento de Escritórios da Aguirre Newman Portugal, Eduardo Fonseca, "tal como já havíamos projectado, 2013 registou a pior absorção de escritórios em Lisboa dos últimos 10 anos. Após uma ligeira recuperação em 2012, onde foram registados 101.974 m², o mercado voltou a cair, marcando um novo mínimo histórico. Com este desfecho, e apesar da oscilação na absorção de escritórios dos últimos quatro anos, traçar perspectivas para 2014 não é uma tarefa mais difícil do que nos anos anteriores”.
Acrescentando que, “tendo em consideração os ténues sinais de retoma da económica, a diminuição do desemprego, com os consequentes reflexos na estrutura das empresas e acreditando na manutenção destas tendências num quadro de estabilidade política, estamos convictos que 2014 será um ano em que se assistirá ao registo de uma absorção superior à
registada em 2013, como evidencia o aumento do número de negócios por nós realizados neste início do ano, que apesar do curto tempo decorrido, contamos já com um crescimento face ao mês de Janeiro de 2013”.
Foto: Anabela Loureiro