O Novo Edifício Centro Santander Totta inaugura no dia 31 de Janeiro. A cerimónia vai contar com a presença do Primeiro-Ministro António Costa e a presidente do grupo Santander, Ana Botin.
O Santander Totta investiu 26.9 milhões de euros no novo Edifício Centro Santander Totta, entre terreno e construção. A sede financeira do Santander Totta vai manter-se na Rua do Ouro, na Baixa de Lisboa, mas o banco já anunciou que vai libertar três edifícios, sendo que dois dos imóveis são arrendados e um terceiro de que é proprietário vai ser vendido.
O novo Edifício Centro Totta é emblemático, possui uma traça arquitectónica muito original e onde todos os pormenores foram pensados ao mais ínfimo pormenor, sobretudo ao nível da sustentabilidade ambiental e impacte visual. Mas mais do que isso, é uma obra que faz parte do plano de crescimento do Santander Totta e que revela a confiança do banco no futuro do País.
Um edifício generoso para a cidade de Lisboa e para a sociedade em geral é como se apresenta este imóvel ao público. O mesmo foi pensado tendo em consideração valores de funcionalidade, proximidade e sustentabilidade.
No total são três os blocos semi-enterrados em redor do edifício já existente e que vão estar interligados internamente: um paralelo à Avenida Calouste Gulbenkian (bloco A), outro na fronteira com a ciclovia e virado para a Universidade Nova (bloco B) e um último que conjuga a construção em altura com a subterrânea (bloco C).
O bloco A vai ser constituído por quatro pisos abaixo da cota do solo natural e o facto de o terreno ser desnivelado levou a que dos quatro pisos apenas três sejam visíveis. Os três primeiros pisos deste bloco destinam-se ao funcionamento de serviços, enquanto o quarto piso vai ser dotado de um auditório para 252 pessoas, uma sala multiusos com 50 lugares, a par das áreas técnicas.
Já o bloco B vai ter quatro pisos abaixo do nível da cota do terreno natural e um piso acima. Assim, o piso localizado à superfície destina-se aos serviços e áreas técnicas; o piso -2 vai possuir um ginásio com 683m2 e um novo espaço de cafetaria/restauração com 300 m2 (oferta total passa de 988m2 para 1.288 m2) com vista para um terreiro ajardinado; e os três pisos inferiores vão ser dedicados ao estacionamento e áreas técnicas. Faça-se a ressalva para o facto de os espaços de estacionamento passarem dos actuais 387 lug
ares para os 571 lugares e de estes ficarem ligados ao edifício já existente ao nível de cada um dos pisos.Por fim, o bloco C possui dois pisos à superfície vocacionados para os serviços e um piso subterrâneo para áreas técnicas.As questões de impacte visual e de sustentabilidade ambiental foram imperiais na concepção deste projecto. Basta referir que a opção de todas as novas construções terem coberturas ajardinadas permitiu a integração do novo edificado no corredor verde de Monsanto.
A isto acresce as várias soluções eco-friendly e os sistemas de última geração de elevada eficiência energética que, segundo as estimativas do projecto, vão permitir uma redução energética na ordem dos 20%.
Com o intuito de aproveitar ao máximo a luz natural do dia e minimizar os custos com energia, optou-se, ao nível da iluminação, por utilizar luminárias de led com fluxo luminoso variável ajustado de acordo com a luz natural; por incrementar um sistema de iluminação controlado por um sistema centralizado de última geração (Dali); e promover a regulação da luz natural através de um comando centralizado de estores.
Em termos de climatização, quer das áreas de serviços, quer de circulação, a produção de água quente e fria é assegurada por três chillers de potência considerável (1.480KW). A este nível, a novidade surge em termos do aquecimento/arrefecimento do ar que utiliza um inovador sistema (indução) que se caracteriza pelo conforto térmico e ausência de ruídos.
O edifício foi preparado com dois reservatórios de água reutilizável (cerca de 40m3) que serão abastecidos pelas águas pluviais e pelas águas cinzentas. Em ambos os casos, as águas passam por um rigoroso sistema de tratamento, filtragem e desinfecção de forma a poderem ser novamente utilizadas na rega dos espaços verdes, nos equipamentos sanitários e na lavagem d
a sala dos lixos e garagem.E como nada foi deixado ao acaso, os novos quatro elevadores são também dotados com um sistema de regeneração de energia.
Será ainda implementado no novo edifício um sistema de reciclagem de resíduos recuperáveis e orgânicos, como, aliás, já acontece no edifício existente.
No futuro, o Santander Totta vai deter, em Lisboa, dois edifícios administrativos (CST e Rua Augusta, também este último objecto de recuperação), aos quais acresce o edifício institucional da sede (Rua do Ouro) e um edifício logístico (Francelha). No Porto, o seu património passa por dois edifícios administrativos localizados na Avenida Boavista e na Rua Júlio Dinis.
Com o novo Edifício Centro Santander Totta o espaço passará a acolher 2.200 pessoas, ou seja, aos actuais 1.300 colaboradores, acrescem, agora, mais 900.
Esta é uma obra que merece uma ressalva não só por se tratar de construção nova, pela imponência arquitectónica, pelas mega-estruturas que envolveu e pelo ambiente cuidadosamente idealizado mas, sobretudo, pelo facto de ser um banco cujos capitais são de origem espanhola e que, ainda assim, se mantém de 'pedra e cal' em Portugal. Mais, que acredita na economia nacional e, por isso mesmo, aumentou o seu investimento no nosso País. Para António Vieira Monteiro, presidente Executivo do Santander Totta, o novo edifício reflecte a aposta do banco no nosso País, “para servir as pessoas e as empresas”. O responsável máximo do Santander Totta – segundo maior banco privado em Portugal - recorda que a entidade que dirige quer continuar a crescer, lembrando que é hoje a instituição financeira com “melhores resultados, melhores rácios de capital e de rating em Portugal, posição que alcançou sem qualquer recurso ao apoio do Estado ou do accionista”.