Reduzir os custos de contratação, atrair e reter os melhores profissionais são, actualmente, as prioridades das empresas. Ainda mais numa altura em que o mercado de escritórios sofre alterações e tem de se adaptar a novas realidades, nomeadamente dos seus recursos humanos. Um estudo da Regus apresenta como solução o trabalho flexível. 

O desemprego e o os “processos de downsizing” (redução da área ocupada) das empresas, entre outros factores, conduziu a um novo paradigma no segmento de escritórios: mudança para espaços de menores dimensões e redução do número de efectivos. Para empregadores e colaboradores que ficaram nessas empresas surge também uma nova realidade, onde impera o trabalho flexível. 

A Regus, fornecedor global de espaços de trabalho, no seu mais recente inquérito, revelou que os profissionais dos negócios em Portugal consideram que o trabalho flexível é, muitas vezes, decisivo nas ofertas de trabalho. 80% afirma mesmo que se tivesse de escolher entre duas propostas de trabalho daria prioridade à que oferece trabalho flexível 75% confirma que o trabalho flexível também melhora a retenção do pessoal.

No que concerne à questão do recrutamento é considerada como um processo dispendioso em que muitas empresas internacionais procuram reduzir. O CIPD estima o custo da saída de um colaborador em 5.540€, podendo atingir 5.988€ no caso de gestores e profissionais. Sendo que a retenção dos profissionais é mencionada como uma prioridade para mais de um terço dos negócios.

Então, que medidas devem ser priorizadas pelas empresas para reduzir os custos de contratação e atrair e reter os melhores profissionais? Segundo os inquiridos, o trabalho flexível oferece uma solução para os três pontos.

Esta análise, que recolheu as opiniões de mais de 20.000 gestores de topo e empresários em 95 países, confirma que, em Portugal, o trabalho flexível pode ser usado para evitar a saída de profissionais (e os consequentes custos de recrutamento), uma vez que 72% dos inquiridos indicam o trabalho flexível como um benefício que atrai os profissionais mais qualificados.

Os dados avançados mostram também que 67% dos inquiridos afirmam que oferecer trabalho flexível torna os profissionais mais leais; 52% dos profissionais recusariam um trabalho que não oferecesse trabalho flexível; 51% afirmam que teriam ficado mais tempo no seu último trabalho se a flexibilidade tivesse sido uma opção.

Sobre os resultados deste inquérito, o Country Manager da Regus Portugal, Jorge Valdeira, afirmou que "contratar e reter profissionais de topo há muito que é uma prioridade para as empresas de sucesso, mas nem todas têm a capacidade de oferecer bónus atractivos ou salários irrecusáveis e manter a competitividade. Reduzir a rotatividade é também essencial para evitar os custos de recrutamento e o inconveniente de iniciar processos de contratação”.

Acrescentando que "o trabalho flexível, cujos custos são inferiores aos do trabalho em escritórios fixos, oferece as vantagens atractivas de redução de stress e melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal tanto aos profissionais existentes como aos potenciais, além de proporcionar uma solução de baixo custo para atrair e reter profissionais de topo. Também é surpreendente quão comum o benefício do trabalho flexível se tornou, uma vez que muitos dos inquiridos escolheram os seus empregos com base na flexibilidade."