O Pavilhão Carlos Lopes, localizado no Parque Eduardo VII, em Lisboa, foi reabilitado e após 14 anos reabriu as suas portas. Este espaço multiusos vai ser explorado pela Associação de Turismo de Lisboa (ATL), pelo prazo de 50 anos, e está preparado para receber os mais diversos eventos.

A cerimónia de reabertura que decorreu no dia 18 de Fevereiro foi presidida pelo Primeiro-Ministro António Costa e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, e do ex-atleta e campeão olímpico Carlos Lopes que dá o nome a este espaço e que no dia da inauguração celebrou 70 anos.

Recorde-se que o Pavilhão Carlos Lopes foi criado na década de 20 do século passado para celebrar o 100.º aniversário da independência do Brasil e esteve fechado desde 2003 por questões de segurança.

As soluções que foram apresentadas ao longo dos anos para este espaço passaram pela criação de um Museu Nacional do Desporto e pelo novo Centro de Congressos de Lisboa mas, a realidade, é que estes projectos acabaram por não sair da gaveta. Face a esta inércia, a CML decidiu atribuir a responsabilidade de recuperar, desenvolver e dinamizar este espaço à ATL. Esta entidade passa a deter o direito de superfície sobre uma área de 12,9 mil metros quadrados, pelo prazo de 50 anos e por cerca de 3,5 milhões de euros, sendo que a manutenção do pavilhão custará à ATL 222 mil euros por ano.

Assim, após vários anos de abandono, o pavilhão foi alvo de diversas intervenções de reabilitação, entre as quais conta-se a preservação dos históricos azulejos e elementos decorativos, da modernização da sala principal, da criação de infra-estruturas de apoio, do arranjo da envolvente e da criação de novos acessos.

Desta forma, o pavilhão passou a englobar uma sala multiusos com capacidade para 2.000 pessoas, uma zona de entrada, com hall e foyer, e um salão nobre.

De acordo com o plano de exploração preliminar, o aluguer da sala multiusos está cifrado em 7.220,00 euros, o salão nobre em 900 euros por dia e a recepção e foyers em 2.070,00 euros. Está, no entanto, previsto que estes valores possam ser reduzidos em alugueres que compreendam dois ou mais dias. Estes valores, segundo refere o documento, foram calculados com base nas “práticas actuais” de espaços como a Sala Tejo, o Convento do Beato ou o Pátio da Galé, ou seja, “infra-estruturas com algumas características comparáveis”.

O plano que foi aprovado pela direcção da ATL, no final de Julho de 2016, realça o facto de se tratar de um espaço com uma “grande polivalência”, tendo a capacidade para acolher eventos tão diversificados quanto conferências, comícios, espectáculos, reuniões corporativas, jantares, apresentações de produto, festas, exposições gastronómicas ou provas desportivas. Para a ATL, este novo espaço para eventos, além do “efeito directo que terá na angariação/acolhimento de eventos”, vai também “acrescentar notoriedade ao destino”.

O Pavilhão Carlos Lopes, agora de portas abertas, pode ser visitado durante um mês para a apreciação do espaço, bem como para a visita da exposição permanente sobre Carlos Lopes que é constituída por 300 peças cedidas pelo atleta (troféus, medalhas e roupa desportiva), elementos multimédia que serão projectados e uma cronologia. Durante o mês de visita livre, acolhe ainda a exposição sobre os 20 anos da ATL.

Foto: CML