De acordo com a consultora Aguirre Newman, a área de escritórios contratada em Fevereiro de 2017 atingiu os 13.592 m2. Trata-se de um valor superior em 59% comparativamente ao período homólogo de 2016, altura em que alcançou os 9.687 m2.
A Aguirre Newman revela que, nos primeiros dois meses do ano, foram registadas 31 operações, correspondendo a mais oito transacções do que em igual período do ano anterior. O maior número de operações verificou-se no Corredor Oeste (Zona 6), com 30% da área transaccionada. No extremo oposto, a Zona Secundária (Zona 4) e o Parque das Nações (Zona 5) apenas registaram uma operação cada.
Analisando a distribuição geográfica dos m² colocados, a consultora imobiliária avança que o Prime CBD (Zona 1) e o Corredor Oeste (Zona 6) registaram a maior área contratada entre Janeiro e Fevereiro, traduzido em 10.557 m2 e 9.378 m2, respectivamente.
Do total da área contratada até Fevereiro de 2017, apenas duas transacções foram referentes a edifícios de escritórios novos, com uma representação de 25% da área total contratada no período em análise.
Teresa Cachada, analista do departamento de Consultoria da Aguirre Newman, salienta: “A procura por escritórios com características modernas tem sido uma constante, procura essa que o mercado tem cada vez mais dificuldade em satisfazer devido à falta de construção de novos edifícios de escritórios. Em zonas como o Parque das Nações, a limitada oferta tem tido repercussões no valor das rendas, verificando-se o seu aumento nos últimos meses".
A superfície média contratada por transacção aumentou cerca de 18%, passando de 864 m2, em Fevereiro 2016, para 1017 m2, em 2017.
“A procura de áreas superiores tem sido registada por empresas de Call Centers e Shared Services que, adicionalmente à qualidade dos espaços, procuram áreas de grande dimensão, habitualmente acima dos 500 m² e chegando por vezes aos 5.000 m². A solução encontrada tem passado por vários escritórios dispersos pela cidade de Lisboa, uma alternativa menos eficiente da desejada inicialmente (um único espaço de escritório com todos os serviços centralizados)”.
Avaliando a absorção por intervalo de área contratada até Fevereiro do ano em curso, na zona do CBD pelo menos 50% das transações registaram uma superfície inferior a 300 m2.
No mês de Fevereiro de 2017, o sector ‘Farmacêuticas e Saúde’ destacou-se, tendo sido responsável por 44% da área contratada (6.041 m2 num total de 13.592 m2).