De acordo com o estudo da Global Mercer sobre o custo de vida 2017, Lisboa é a 137.ª cidade mais cara do mundo, descendo três posições em relação a 2016. Luanda lidera esta lista a nível mundial e Zurique em termos europeus.

O 23.º estudo Global Mercer sobre o custo de vida 2017, revela que África, Ásia e Europa são os continentes que “dominam na lista das localizações mais caras para emigrantes”. No ranking das cidades mais caras do mundo surge no topo Luanda (Angola), seguida de Hong Kong, Tóquio (China), Zurique (Suíça), e Singapura. Na Europa, a líder é Zurique.

Em relação a Lisboa, e comparativamente ao ano passado, desceu três posições, encontrando-se agora no 137º lugar.

Para se perceber a disparidade de preços no caso particular do arrendamento, e tomando como exemplo um T3, esta análise refere que em Lisboa custa cerca de 2.000 euros, valor que atinge os 12.000 euros em Luanda.

Comparando Lisboa com outras cidades verifica-se que não é tão cara como, por exemplo, Londres, onde uma ida ao cinema é três vezes mais cara, ou Hong Kong onde um café pode custar cerca de sete euros.

O comunicado divulgado pela Mercer revela que, “de acordo com o Estudo da Mercer - 2017 Global Talent Trends, salários justos e competitivos, bem como oportunidades de promoção estão no topo das prioridades dos colaboradores este ano - uma conclusão que decorre do actual clima de incerteza e de mudança”.

O director da Mercer Portugal, Diogo Alarcão, refere que ainda, “apesar de historicamente a mobilidade, a gestão de talento e a compensação serem geridas de forma independente, as organizações estão a adoptar actualmente uma abordagem mais holística para melhorarem as suas estratégias de mobilidade”. Acrescentando que “é importante garantir a competitividade da compensação em processos de expatriamento e, por isso, as políticas de mobilidade devem ser determinadas com base no custo de vida, na moeda e na localização”.

A 23ª edição deste estudo salienta ainda “factores como a instabilidade dos mercados imobiliários e a inflacção de bens e serviços” como uma contribuição para o valor global das “expatriações no actual ambiente”.

Este estudo foi realizado em Março e teve como “medidas base” as taxas de câmbio em vigor nesse mês, bem como o conjunto de bens e serviços internacionais da Mercer. Recorde-se que a Mercer é responsável por desenvolver “estudos individuais referentes ao custo de vida e ao custo de arrendamento para cada uma das cidades analisadas”.

Foto: Camões 40 / Coporgest