De acordo com a Iberinform Crédito y Caución, as insolvências no mês de Julho diminuíram 27% face a 2016. Já ao nível de empresas constituídas o aumento foi de 17,2% no período homólogo.
De acordo com esta fonte, as insolvências no mês de Julho diminuíram 27% face a 2016, sendo que, no total do ano, o número de empresas insolventes também foi inferior em quase 16% ao valor registado nos primeiros sete meses de 2016.
No mês em foco registou-se uma diminuição das insolvências, com um valor absoluto de 382 empresas insolventes, menos 141 que no período homólogo de 2016 (diminuição de 26,9%). O valor acumulado também se apresenta inferior tanto a 2015 como a 2016, com menos 694 insolvências relativamente às registadas no ano transacto.
Até Julho de 2017 verificaram-se 2.030 declarações de insolvência (DI), menos nove que até Julho de 2016, sendo que as variações mais acentuadas foram registadas nas declarações de insolvência requerida (DIR), menos 25,5% face a 2016, e nas apresentações à insolvência (DIA), menos 35% que no período homólogo de 2016.
Lisboa apresenta o número mais significativo de insolvências, com um aumento de 1.107 para 1.127 empresas insolventes, mais 17 do que em 2016 (acréscimo de 1,5%). O Porto também apresenta um valor elevado (726 empresas), embora registe uma diminuição de 22,8% em relação a 2016. Braga e Coimbra apresentam decréscimos significativos de 26,7% e 39,5% respectivamente. A Madeira é o distrito que revela o aumento mais acentuado no número de insolvências (12,9%).
Todos os sectores apresentam decréscimos no número de insolvências. As variações mais significativas relativamente a Julho de 2016 verificaram-se na indústria extractiva (menos 45,5%), na electricidade, gás e água (menos 33,3%) e no comércio a retalho (menos 32,4%). No período em análise, o somatório do número de empresas insolventes nos sectores do comércio a retalho, comércio a grosso e comércio de veículos automóvel representou 46,5% do total de empresas insolventes.
A Iberinform revela também que, em Julho, foram constituídas 2.936 empresas, mais 431 que no período homólogo (aumento de 17,2%). Em termos acumulados verifica-se um acréscimo de pouco mais de 8% face a igual período de 2016.
A maior parte dos distritos manteve o peso nas constituições, não se tendo verificado descidas significativas. Lisboa continua a deter o maior número de constituições, com um peso de 32,7%, seguido do distrito do Porto (17,4%), Braga (7,5%) e Setúbal (6,8%). Face a 2016, as maiores variações de peso foram registadas nos distritos de Faro (mais 0,6%), Setúbal e Lisboa (ambos com um acréscimo de 0,5%).
Os sectores que manifestaram maior aumento percentual no número de constituições foram: electricidade, água e gás (30,7%), telecomunicações (25%) e agricultura, caça e pesca (24,2%). As maiores descidas foram registadas nos sectores da indústria extrativa (31,8%), comércio a retalho (7,7%) e indústria transformadora (4,3%). Em termos de peso, as variações mais significativas registaram-se nos sectores do comércio a retalho (menos 1,6%), indústria transformadora (menos 0,7%) e no comércio a grosso (menos 0,6%). Em pólo oposto, as maiores variações de peso relativamente a 2016 registaram-se na construção e obras públicas (mais 0,7%) e na agricultura, caça e pesca (mais 0,6%).