O ‘Anuário dos Centros Comerciais - Portugal 2017’ reafirma a vitalidade do sector. De acordo com este documento, são quatro anos de crescimento consecutivo das vendas por metro quadrado nos centros comerciais portugueses.
Este anuário demonstra também que existiu, em idêntico período de tempo (2013-2016), um ligeiro decréscimo do tráfego (footfall).
Na sua 14.ª edição, a análise aos Índices de Tráfego e Vendas nos centros comerciais portugueses, revelados pelo anuário da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), no capítulo ‘Análise Nacional’, proporciona um retrato fiel do sector, revela que a dinâmica crescente desta indústria do retalho imobiliário nos últimos anos, resulta de profundos investimentos realizados no decurso da crise, que incrementarem a qualidade dos empreendimentos e cujo reflexo se faz agora sentir no crescimento das vendas das lojas neles instaladas.
Assim, desde 2013 que o Índice de Vendas da APCC não tem parado de crescer. Note-se que este indicador mede variações homólogas por metro quadrado de Área Bruta Locável (ABL), e registou um crescimento de 1,4% na comparação de 2016 face ao ano anterior. Por outro lado, a tendência de ligeiro decréscimo no Tráfego tem sido outra característica digna de sublinhado, o que revela uma alteração comportamental no modo como os portugueses experienciam os centros comerciais.
Neste plano, o Índice de Tráfego registou um decréscimo de 1,1% na comparação de 2016 com 2015. Segundo António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, “a leitura dos valores revelados pelos índices permitem aferir que o ticket-médio por visitante é mais elevado, o que implica uma também crescente objectividade da experiência de compra no interior dos centros comerciais”. A esta característica não é alheia, “a dinâmica de inovação das ofertas em todas as vertentes, algo que faz parte do ADN deste sector que os portugueses conhecem bem e acarinham desde há mais de três décadas”.
O responsável acrescenta ainda que “as temáticas da integração tecnológica nos centros, do incremento dos serviços a clientes, e da profunda reformulação da oferta de retalho alimentar e F&B, não são, por isso, elementos estranhos a esta indústria. Recorde-se que os operadores nacionais de centros comerciais demonstraram nos anos de crise uma tremenda resiliência, aproveitando para promover o investimento no parque instalado, com a convicção de que quando o ciclo desfavorável se invertesse, os centros comerciais estariam muito mais aptos a enfrentar os desafios do futuro”.
Foto: Nova Arcada