Esta é uma das conclusões da JLL em relação ao mercado de escritórios, embora a consultora confirme o dinamismo do sector. O Parque das Nações e o Corredor Oeste são as zonas onde as rendas de escritórios mais recuperaram nos últimos quatro anos.

As rendas prime de escritórios em Lisboa voltaram a crescer em praticamente todas as zonas no 3º trimestre de 2017, acelerando o ritmo de recuperação face a 2013, quando atingiram mínimos históricos, revela a JLL.

De acordo com a consultora imobiliária, o Parque das Nações e o Corredor Oeste são as zonas onde este crescimento acumulado é mais evidente, com as rendas a recuperarem cerca de 30% nos últimos quatro anos. No 3º trimestre de 2017, a renda prime no Parque das Nações atingiu os 17 euros/m2/mês (13 euros/m2/mês em 2013) e no Corredor Oeste, nomeadamente no Lagoas Park os 13 euros/m2/mês (10 euros/m2/mês em 2013).

“No Parque das Nações este aumento deve-se, sobretudo, à redução significativa da área disponível durante os últimos anos, resultado de uma procura dinâmica associada à falta de nova oferta. Actualmente a taxa de disponibilidade é apenas de 3%”, começa por explicar Mariana Rosa, directora do Departamento de Office Agency e Corporate Solutions.

No caso do Corredor Oeste, “a recuperação foi influenciada essencialmente pelos bons níveis de procura por áreas de grande dimensão, já que a oferta disponível se mantém elevada. Esta tem sido, aliás, uma das zonas que mais tem beneficiado com a falta de oferta no centro de Lisboa, captando muitas empresas que procuram áreas grandes”, diz.

A JLL sublinha que Lisboa continua a ser um destino de eleição para a instalação de empresas, com a procura de escritórios a manter-se elevada, conforme evidenciam os resultados da sua actividade neste mercado. A consultora foi responsável pela colocação de cerca de 34.600 m2 de escritórios, ou seja, 38% dos cerca de 91.000 m2 transaccionados desde início do ano, o que demonstra bem o seu crescente contributo para o actual dinamismo do mercado.

Foto: Sede GS1 Portugal