A ERA Portugal levou ainda ao SIL a Conferência ‘Talento e a Criação de Valor no sector imobiliário’. Este evento juntou economistas, empresários e especialistas em mediação que debateram uma área que está a criar emprego de qualidade com recursos humanos qualificados.

Luís Lima, presidente da APEMIP, um dos oradores, revelou que actualmente Portugal tem 3.500 empresas operarem no sector imobiliário, “entre Janeiro e Junho de 2007 o imobiliário criou 20 mil empregos”, disse o responsável.

Outra ideia foi explorada neste debate foi o perfil do promotor imobiliário, Nuno Martins, empresário e  franquiado da ERA Chiado / Lapa, explicou que actualmente existem vários perfis de profissionais a seguir uma carreira profissional na mediação imobiliária. “Pode ser a pessoa que fez um MBA, ou alguém com muita experiência profissional que decide entrar numa nova carreira, numa vida nova”, “hoje em dia  o imobiliário é uma opção de carreira com rendimentos acima da média”, concluiu.

Uma ideia partilhada por Ângelo Felgueiras, alpinista, piloto e formador de equipas comerciais da ERA. “Desde que tenha vocação comercial e disciplina pessoal” para seguir uma metodologia de trabalho, qualquer pessoa poderá fazer uma carreira de sucesso nesta actividade.

Fernando Neves de Almeida, presidente da Boyden Portugal, outro dos oradores, sublinhou a ideia de que a atividade de mediação imobiliária “é uma actividade empresarial individual, tem a vantagem de filtrar muito bem o talento, a formação é fundamental, a empatia e a persistência, no fundo é um viveiro de talento.

Nesta conferência João Duque, docente no ISEG, destacou a importância da formação e do saber nesta profissão, como noutras. O economista defendeu que a formação superior nesta área deve ser uma realidade.

A ERA Portugal destacou ainda que Portugal entrou num novo ciclo de crescimento da construção e de reabilitação urbana que terá impacto sobre o parque habitacional nacional durante muitas gerações. Esta ideia dominou grande parte da conferência ‘Casas Novas em Portugal: o Estado da Nação’ realizada, no passado dia 20 de Outubro, pela ERA Portugal no Salão Imobiliário de Portugal (SIL).

O futuro da construção de imóveis residenciais passa sobre tudo pela reabilitação urbana, foi uma das ideias debatidas na conferência. Por parte de construtores e mediadores, participantes no debate, a ideia não foi consensual. Luís Saraiva, secretário-geral da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas – AICCOPN, e Mário Abreu, gerente da MDA Construtora lembraram que os grandes centros urbanos como Porto e Lisboa ainda há muito espaço para construir e chamaram a atenção para os custos elevados que implicam a reconstrução, muito mais elevados do que a construção.

Outra ideia que saiu deste debate, defendida por Nelson Ressurreição, Franquiado da ERA Aveiro foi a necessidade dos construtores trabalharem em conjunto com as imobiliárias, de forma a adequarem o tipo de construção, as tipologias ao perfil dos potenciais compradores de determinada zona.

A secretaria de Estado da Habitação também esteve representada neste debate. Criada há apenas três meses, este organismo já criou legislação para este sector, matéria que está em discussão público, e disponível online, como referiu Pedro Cruzinha, o representante desta secretaria.

Nesta conferência a Ordem dos Engenheiros, lançou um alerta sobre a actual legislação que permite que as habitações reabilitadas localizadas em centros históricas estejam isentas de vários tipos de inspeções de segurança, como por exemplo, isentas de inspecções de segurança contra riscos sísmicos.