Em Setembro, a área contratada foi 197% superior ao registado no mês homólogo do ano anterior, com 22.762 m2 face a 7.670 m2, avança a consultora Aguirre Newman.
Na sua análise, refere que, entre Janeiro e Setembro de 2017, o mercado teve um desempenho 16% acima de 2016, com 113.471 m2 face aos 97.515 m2.
Nos primeiros nove meses do ano, foram registadas 199 operações, correspondendo a mais 51 transacções do que em igual período do ano anterior. O maior número de operações verificou-se no Corredor Oeste (Zona 6), com 34% das transacções ocorridas. No extremo oposto, encontramos o Parque das Nações (Zona 5) e a Zona Secundária (Zona 4), com onze operações cada.
Analisando a distribuição geográfica dos m² colocados, o Prime CBD (Zona 1) e o Corredor Oeste (Zona 6) foram as zonas que mais se destacaram, tendo sido responsáveis por 31.235 m² e 27.056 m², respectivamente, representando 51% da totalidade.
Avaliando a absorção por intervalo de área contratada até Setembro do ano em curso, verifica-se que nas zonas 1 (Prime CBD), zona 2 (CBD) e zona 6 (Corredor Oeste) pelo menos 50% das transacções registaram uma superfície inferior a 300 m2, representando cerca de 55% das colocações totais.
Relativamente à superfície média contratada por transacção, esta diminuiu 13%, de 659 m2 em Setembro de 2016 para 570 m2 em Setembro de 2017.
Da área contratada até Setembro de 2017, apenas seis transacções foram referentes a edifícios de escritórios novos, com uma representação de 14% da área total contratada no período em análise (16.351 m²).
No mês de Setembro de 2017, o sector “TMT’s & Utilities” destacou-se, tendo sido responsável por 41% da área contratada (9.542 m2 num total de 22.762 m2).
De acordo com a Aguirre Newman, comparando a Absorção Anual vs Absorção 3º Trimestre, encontra-se em 2008 o seu valor relativo mais alto (90%) e em 2003 o seu valor mais baixo (53%), traduzindo respectivamente o pior e o melhor desempenho relativo dos restantes trimestres nesse ano. Utilizando este indicador para se estimar um número final para a colocação de escritórios em Lisboa, a consultora apurou para 2017 três valores previsíveis de take up: de 160.000 m² (projeção I), traduzindo a média do período 2003/2016 para o valor da Absorção do 3ºTrimestre na Absorção Anual; 119.000 m2 (projecção II), traduzindo o valor mais baixo; e 201.000 m2 (projecção III), traduzindo o valor mais alto.
Apesar das estimativas com base em dados históricos apresentarem valores na ordem dos 160.000 m2, para Paulo Silva, Managing Director da Aguirre Newman Portugal, “o ano de 2017 terminará com um alcance de área contratada na vizinhança dos 150.000 m2, estando este valor em linha com o previsto no início do ano”. A falta de escritórios de qualidade nas zonas mais procuradas apresenta-se uma vez mais como o principal factor que tem vindo a limitar a área de absorção de escritórios.