A Cushman & Wakefield apresentou um resumo da actividade do mercado imobiliário nacional em 2017 e as suas perspectivas para 2018. Desde logo ficou a saber-se que, em 2017, os investidores nacionais atingiram recorde da última década com 440 milhões de euros investidos.

Segundo Eric van Leuven, director-geral da consultora em Portugal, “em linha com a tendência a que vimos a assistir desde há dois anos, 2017 foi mais um ano excelente para o mercado do imobiliário comercial em Portugal. De uma forma transversal todos os sectores registaram um elevado dinamismo, tanto ao nível da actividade ocupacional como de investimento. Os valores de mercado, rendas e yields, repercutiram este bom momento e atingiram em muitos casos novos máximos históricos”.

No que diz respeito a previsões para 2018, Eric van Leuven comenta, “as perspectivas para 2018 são optimistas. No mercado ocupacional o bom comportamento da economia e em particular as previsões de evolução positiva do emprego e do consumo privado, bem como do investimento, sugerem um bom ano para os sectores de escritórios e retalho. No caso dos escritórios mantém-se o problema da escassez de oferta de qualidade que poderá limitar um maior crescimento da procura, sendo que a atividade de promoção só agora começa a arrancar nas cidades de Lisboa e Porto, colmatando esta limitação no futuro”.

“A actividade de investimento, tendo em conta a expectativa de manutenção de um ambiente de baixas taxas de juro e a redução muito gradual da política monetária expansionista do Banco Central Europeu, deverá manter em 2018 o dinamismo dos últimos anos, ajudada ainda pela recente revisão dos ratings da dívida soberana de Portugal por parte da Standard & Poors e da Fitch. O capital estrangeiro continua a considerar Portugal como uma excelente alternativa de investimento, oferecendo níveis de risco controlado a taxas atractivas face à maioria dos mercados europeus. Os negócios de investimento actualmente em curso com estimativa de fecho prevista ao longo de 2018 ultrapassam já hoje os €2.500 milhões - um indicador muito significativo da atratividade do mercado português”.

“2018 será também um ano de crescente inovação no mercado imobiliário. Espera-se que sectores alternativos até à data pouco explorados, como são os hotéis, os espaços de co-working, as residências de estudantes ou as residências seniores comecem a surgir em força, captando o interesse de ocupantes e investidores”, conclui.