No próximo dia 30 de Maio, no Solar do Vinhos do Dão, em Viseu, decorre o 1º Seminário Internacional “Vinhos Portugueses: Estratégia e Mercados EUA e Canadá”. Esta iniciativa pretende reunir especialistas em mercados, produtores e exportadores de vinhos.

Este seminário vai ser realizado numa organização conjunta entre a Comissão Vitivinícola Regional do Dão e a CH Business Consulting, em parceria com a norte-americana MarqEnergie Consulting.

Segundo dados da Organisation Internationale de la Vigne et du Vin (OIV), o consumo interno americano tem crescido continuamente desde 2002 (apenas decresceu no pico da crise, em 2008) e só em 2012 a importação de vinhos cresceu 13% em valor, representando a cifra de 3,5 mil milhões de euros. Segundo a mesma fonte, “os dez países responsáveis por 97% do volume de vinho importado pelos EUA foram, por ordem decrescente de quota de mercado, Itália (29%), Austrália (19%), Argentina (13%), Chile (12%), França (10%), Espanha (8%), Nova Zelândia (3%), Alemanha (3%), Canadá (2%) e Portugal (1%)”.

O especialista em internacionalização do Grupo CH, Carlos Lacerda, explica que “partindo de um market share de cerca de 1%, Portugal tem ainda muito por onde crescer, apesar do mercado americano se constituir já como o quarto maior destino das exportações de vinho portuguesas. Apesar da dimensão impressionante do mercado dos EUA, os vinhos portugueses alcançam ainda cifras relativamente modestas, próximas de 50 milhões de euros anuais, se se incluir o Vinho doPorto, ou 25 milhões, se excluirmos este”.

Já o presidente da Viniportugal, Jorge Monteiro, em declarações à Rádio Renascença, em Janeiro deste ano, revelava que, “para o período de 2012-2014, o nosso objectivo é crescer 40% no mercado norte-americano”, justificando-se não só pela boa performance recente, como também pelo enorme esforço de investimento que este organismo está a fazer naquele mercado, onde tem alocados 1,5 milhões de euros na promoção e marketing em 2014”.

Acrescente-se ainda que o interesse actual dos EUA pelos vinhos portugueses tem vindo a aumentar de forma significativa nos últimos meses, com apreciações muito favoráveis na imprensa de referência sobre a qualidade e oferta portuguesa, mas também pelo interesse com que foram acolhidas as centenas de provas realizadas este ano, em São Francisco, Chicago, Nova Iorque e Boston, por exemplo.

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