Depois de dois anos a operar no território moçambicano, a Lucios anunciou que, até ao final deste ano, o volume de facturação poderá chegar aos 25 milhões de dólares. Em Portugal os resultados deverão rondar os 55 milhões de euros em resultado da aposta nas áreas do Turismo e Indústria.
A actuar no mercado moçambicano desde 2011, a empresa adianta ainda que, em quatro a cinco anos, este país deverá ter uma dimensão superior à de Portugal. “Prevemos, para 2014, registar um volume de negócios entre os 54 milhões de euros e os 55 milhões de euros em Portugal, garantindo, assim, o nosso objectivo de manter a dimensão média em torno dos 50 milhões de euros. Já em Moçambique, acreditamos fechar o ano com valores entre os 20 e 25 milhões de dólares, resultado de obras novas que temos neste momento a decorrer em Maputo e outras regiões”, afirma Filipe Azevedo, administrador da Lucios.
Segundo o mesmo responsável, e sustentado na nova lei para a reabilitação, a restauração de edifícios – segmento que vale 60% no volume de negócios da Lucios em Portugal – será uma tendência nos próximos anos. “Esta nova lei é um grande contributo para a reabilitação em Portugal, muito em particular no restauro de edifícios com mais de 30 anos, localizados em centros históricos, que são, atualmente, um problema de segurança pública”, explica Filipe Azevedo sublinhando que esta lei vem diminuir os custos até 40%.
Paralelamente à reabilitação, este empresário aponta a indústria e o turismo como os segmentos de aposta nos próximos anos. Ainda no plano internacional, o administrador da construtora nortenha afirma estar atento à Argélia e ao Gana.
Recorde-se que a Lucios entrou, em 2013, em França com a sua primeira obra no valor de 12 milhões de euros, um mercado com potencial e onde prevê, a prazo, alcançar os 25 milhões de euros anuais.
De modo geral, Filipe Azevedo faz um balanço bastante positivo destes últimos anos de crise do sector, prevendo já, para os próximos 18 meses, muito trabalho. “É difícil fazer previsões a mais de dois anos. No entanto, se no último ano e meio não íamos além dos 12 meses de trabalho garantido, hoje temos obras em carteira no valor de 70 milhões de euros que nos darão trabalho para os próximos 18 meses”, conclui.
Foto: Sede do Comité Olímpico de Moçambique - Lucios