A Sonae Sierra está a olhar para novos mercados como é o caso da Colômbia. Ainda assim, quer continuar a crescer no Brasil, Alemanha e Itália.
A Sonae Sierra prepara-se para, em breve, anunciar um novo investimento na promoção de um centro comercial na Colômbia, um mercado com forte potencial e onde está presente na prestação de serviços há quatro anos. De acordo com o CEO da Sonae Sierra, Fernando Guedes de Oliveira, “temos uma joint-venture com um parceiro local e queremos um investimento na construção de um novo centro comercial”. As potencialidades deste país levam a empresa a “olhar para outras cidades”, para futuros investimentos.
Fernando Guedes de Oliveira é de opinião que “a crise dos últimos seis anos acabou ou está a acabar, o que dá confiança para iniciar um novo ciclo de crescimento”. Contudo a Sonae Sierra, que este ano completa 25 anos de actividade, adianta que em outros mercados, como o Brasil, Alemanha e Itália, “temos expectativas de em breve poder anunciar novos projectos de investimento para estes mercados”. Na sua opinião, tanto no Brasil – onde tem um novo parceiro - como nos dois mercados europeus, a estratégia passa pelo crescimento para novos projectos de investimento em centros comerciais.
Com forte presença no Brasil, admite, ainda, ter um plano de expansão para outros países da América Latina, que apresentam actualmente grande potencial de crescimento.
A Sonae Sierra iniciou, recentemente, a construção de um centro comercial na Roménia, um investimento de 180 milhões de euros, numa joint-venture com a Caelum Development. No Norte de África, em Casablanca, avançou com outro investimento de 100 milhões de euros no centro comercial Zenata, também em parceria.
Numa lógica de prestação de serviços, a empresa entrou este ano na China, onde estabeleceu uma joint-venture com uma empresa local, a CITIC Capital e outra parceria com uma empresa russa (OST).
Os lucros do primeiro semestre ascenderam a 47,8 milhões de euros, o que compara com um prejuízo de 4,6 milhões de euros do período homólogo do ano passado. Para os lucros foi determinante o resultado indirecto de 26 milhões de euros, que reflectem uma redução de 'yields' , geradas pela recuperação da avaliação do portfolio de activos da empresa, a recuperar das fortes desvalorizações registadas após a crise financeira de 2008.
Fernando de Oliveira refere, ainda, que houve uma recuperação a nível do valor de rendas cobradas nos centros comerciais, mas não acredita que seja possível voltar aos valores de 2007.
Jornalista: Elisabete Soares
Foto: Bogotá, Colômbia