O Grupo CBRE divulgou que teve um aumento significativo das receitas e um forte crescimento dos lucros no primeiro trimestre, findo em 31 de Março de 2015. Além disso, regista EBITDA recorde de 247 milhões de dólares no primeiro trimestre, com crescimento de 24%.
Segundo o Grupo CBRE, as receitas do trimestre totalizaram 2,1 mil milhões de dólares, valor que corresponde a um aumento de 10% (15% em moeda local), face aos 1,9 mil milhões de dólares registados no primeiro trimestre de 2014. As receitas líquidas de recuperação de custos aumentaram 10% (15% em moeda local) para 1,5 mil milhões de dólares.
O lucro líquido ajustado aumentou 29% para 106,0 milhões de dólares, face aos 82,4 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2014, enquanto os lucros ajustados por acção aumentaram 28% para 0,32 dólares, quando comparados com 0,25 dólares no mesmo período do ano anterior. O lucro líquido ajustado e o lucro ajustado por acção excluem o efeito dos custos não recorrentes, do lucro líquido e do lucro por acção em U.S. GAAP. No primeiro trimestre de 2015, os custos não recorrentes (líquidos de impostos sobre os rendimentos) totalizaram 13,1 milhões de dólares, valor inferior aos 14,7 milhões de dólares registados no mesmo período de 2014.
“Os excelentes resultados que registámos no primeiro trimestre reflectem o sucesso dos nossos colaboradores na execução da nossa estratégia e na criação de vantagens reais para os nossos clientes”, disse Bob Sulentic, presidente e CEO da CBRE. “Estamos especialmente satisfeitos com o crescimento transversal de dois dígitos que conseguimos alcançar, enquanto continuámos a investir estrategicamente nas nossas pessoas e plataforma, o que irá reforçar a oferta aos nossos clientes e impulsionar o crescimento futuro”.
O desempenho positivo da CBRE no trimestre em análise foi ditado pela região das Américas, o maior segmento de mercado da empresa. As receitas nesta zona aumentaram 20% (21% na moeda local), com todas as linhas de negócio a atingirem um crescimento de dois dígitos. O facto de o dólar estar mais forte potenciou também um aumento das receitas em mercados exteriores. Na região da Ásia Pacífico, as receitas cresceram 7% (15% na moeda local), devido ao crescimento expressivo registado na Austrália e na China. Na Europa, Médio Oriente e África (EMEA), as receitas aumentaram 6% na moeda local, mas diminuíram 5% quando convertidas para dólares norte-americanos. O crescimento na região da EMEA resulta de um primeiro trimestre extraordinariamente forte em 2014.
As áreas de negócio de Investimento da CBRE tiveram um desempenho especialmente positivo durante este trimestre, em resultado da forte e contínua procura de imóveis comerciais por parte dos investidores. As receitas da venda de imóveis aumentaram 16% (21% na moeda local), e as receitas dos serviços hipotecários comerciais cresceram 40% (41% na moeda local), refletindo um aumento significativo dos serviços prestados às Government-Sponsored Enterprises norte-americanas.
A receita global de arrendamento cresceu 9% (13% na moeda local). A região das Américas foi a principal catalisadora deste resultado, com um aumento das receitas de 18% (19% na moeda local), potenciado pelo investimento da CBRE no recrutamento de comerciais e em fusões e aquisições - a par do aumento da produtividade por parte dos comerciais existentes - que continuou a reforçar o desempenho.
O negócio de outsourcing da CBRE manteve um forte crescimento no primeiro trimestre, apesar dos efeitos cambiais negativos. Existem cada vez mais empresas e outros ocupantes a adquirirem serviços imobiliários integrados. Globalmente, as receitas provenientes do negócio de outsourcing, excluindo as receitas de transacções relacionadas, cresceram 8% (13% na moeda local). As receitas provenientes das avenças (excluindo a receita de transações relacionadas) associadas a esta linha de negócio aumentaram 5% (12% em moeda local).
A 31 de março de 2015, a CBRE assinou o acordo definitivo para a aquisição do negócio Global WorkPlace Solutions (GWS) da Johnson Controls, Inc. A compra da GWS, que deverá ficar concluída no final do terceiro trimestre ou início do quarto trimestre deste ano, irá melhorar significativamente a capacidade da CBRE oferecer serviços de gestão imobiliária em mais de 50 países e reforçar a sua relação com as grandes empresas multinacionais. A CBRE concretizou ainda, até à data em 2015, duas aquisições adicionais: a United Commercial Realty, uma empresa líder especializada em serviços imobiliários de retalho com sede em Dallas (negócio concretizado no primeiro trimestre); e a Environmental Systems, Inc., uma empresa especializada em gestão energética com sede em Brookfield, Wisconsin (negócio concluído no segundo trimestre).
Quanto às perspectivas de negócio, Bob Sulentic sublinhou que “estamos muito satisfeitos com o forte arranque de 2015. No entanto, é importante não nos esquecermos que o primeiro trimestre representa apenas uma pequena parcela dos ganhos e receitas anuais, pelo que não deve ser visto como um barómetro do desempenho anual”. Acrescentando que “estamos a atravessar um período muito positivo no nosso negócio e as vantagens que temos enquanto líderes de mercado a nível global revelam ser cada vez mais significativas na sequência do nosso contínuo investimento nas pessoas, na plataforma e na oferta de serviços. Cada vez mais, investidores e ocupantes escolhem a CBRE pelo facto de conseguirmos garantir soluções totalmente integradas e de alta qualidade, que através de profissionais de topo, criam vantagens competitivas para os nossos clientes em todo o mundo.”
A CBRE reafirma ainda as suas expetativas de atingir um lucro ajustado por acção em 2015, entre 1,90 e 1,95 dólares.