A cidade de Tóquio é actualmente a cidade mais atractiva no que respeita à expansão de retalhistas. A capital nipónica atraiu 63 novas marcas do sector, de acordo com o mais recente relatório da consultora imobiliária CBRE, “How Global is the Business of Retail?”.

O espaço disponível nas principais zonas de Tóquio continua a ser alvo de grande procura, independentemente de haver sinais propensos a diferentes interpretações no cenário económico e um aumento de impostos de 8% desde Abril de 2014. Singapura assume a segunda posição com 58 novas marcas e em Abu Dabi verificou-se a chegada de 55 novas marcas de retalho, colocando esta cidade árabe no terceiro lugar do ranking de mercados com maior número de entradas de novas marcas.

Londres manteve a sua posição como o principal destino internacional para compras com 57,9% dos retalhistas globais presentes na capital inglesa. Em 2014, 12 novas marcas abriram lojas nesta cidade, entre as quais se inclui a American Eagle e a Lululemon Athletics. A capital do Reino Unido continua a ser um íman para os retalhistas internacionais que querem dar a conhecer e estabelecer a sua marca. Londres foi seguida de perto pelo Dubai, com 55,7% de presenças de retalhistas internacionais e Xangai, com 53,4%.

A globalização dos retalhistas continuou em 2014, ano em que as marcas de retalho se focaram num vasto conjunto de locais espalhados por todo o mundo. Em metade das 164 cidades sobre as quais incidiu o estudo, pelo menos cinco novos retalhistas abriram lojas. A Ásia marca uma presença forte na lista de cidades com maior número de entradas de novas marcas, com seis de um total de 15 cidades. Paris e Moscovo foram as únicas cidades europeias presentes nos 10 principais mercados, atraindo 41 e 42 novas marcas, respetivamente. Os retalhistas norte-americanos dominaram a expansão internacional e representaram 26% da aposta em novos mercados globais. Os retalhistas italianos foram os segundos mais activos, representando 14%, seguidos dos retalhistas do Reino Unido, com 11%.

Os retalhistas ligados a marcas de Moda de Gama Média continuam a ser os mais activos, representando 21% da expansão global, seguidos dos operadores de marcas de Moda de Luxo e Negócios, com 20%. A expansão para a região da EMEA foi também dominada pelas marcas de Moda de Gama Média, que foram responsáveis por 26% da actividade, seguidas pelos retalhistas vestuário Outro Vestuário e Acessórios, com 18%.

“Em Portugal, a recuperação da economia, o crescimento significativo do número de turistas e a disponibilização de novas lojas no centro de Lisboa e Porto, fruto da reabilitação de novos edifícios e da dinamização do mercado de arrendamento, têm contribuído para uma maior atractividade do nosso País e a procura de lojas por parte de novas marcas. Em 2014 estabeleceram-se em Portugal um número significativo de 19 novas marcas, mais quatro do que no ano anterior. Contudo, em 2014 verificou-se um maior peso de marcas de Gama Média (40%), quando em 2013 foram as lojas do segmento de Luxo e Negócios a ter maior representatividade. Os novos retalhistas são predominantemente de origem europeia (75%), nomeadamente Itália, Espanha, França e Inglaterra. Destaque para as aberturas das marcas premium COS (Grupo H&M) e Hackett, ambas com loja na Avenida da Liberdade, e a Pinko nos Clérigos, no Porto, assim como, a Molly Bracken e a H.E. by Mango em centros comerciais.”, refere Cristina Arouca, Director do Departamento de Research e Consultoria da CBRE.