As empresas de construção portuguesas facturaram mais de 5,6 mil milhões de euros no exterior em 2014, um valor que traduz um aumento de 6% face a 2013 e que representa cerca de 3% do PIB e de 8% do total das exportações nacionais avançou a AECOPS.

Este resultado, apurado pela Associação de Empresas de Construção Obras Públicas e Serviços (AECOPS) e divulgado no nº 5 de ‘Cadernos da Internacionalização’, é tanto mais significativo quanto difícil se tornou a conjuntura internacional.

O reverso da medalha está, contudo, espelhado na carteira de encomendas, que, no período em análise, acusa uma quebra de 14%, situando-se nos 5,7 mil milhões de euros.

Nos ‘Cadernos da Internacionalização’ verificou-se que África (mormente Angola, Malawi e Moçambique) continuou a ser o principal destino das construtoras portuguesas (63% do total do volume de negócios equivalente a 3,6 mil milhões de euros).

Porém, as perspectivas de evolução apontam para um reforço da produção nos mercados da América Central e do Sul (Venezuela, Peru, Brasil e México), e até no mercado europeu (sobretudo Polónia), e para uma quebra em África.

Já num âmbito mais vasto, é dissecada a actividade internacional da construção europeia e procede-se à contextualização do papel e lugar nela desempenhados pelo sector português, a qual coloca em evidência o domínio da capacidade e competitividade das construtoras portuguesas.

Desta análise ressaltam, entre outros aspectos, um aumento do volume de negócios da construção europeia de 2%, cifrando-se em 165,6 mil milhões de euros, e a liderança do mercado internacional pela França, com uma faturação de 34,9 mil milhões de euros (20% do total), seguida da Alemanha e da Turquia.

Mas se Portugal ocupa a 10.ª posição, com 3% do total do volume de negócios obtido no exterior pelas construtoras europeias, quando nos concentramos apenas em África e na América Central e do Sul, o País conquista, respectivamente, o segundo e terceiro lugares.

Foto: Anabela Loureiro