De acordo com o novo research da consultora JLL em parceria com a Business of Cities, a Europa é uma incubadora para as cidades globais modernas. Com efeito, concentra sete dos destinos que integram o top 10 das “Novas Cidades Mundiais”.
O novo relatório Globalisation and Competition: The New World of Cities’ revela como é que cidades europeias como Berlim, Oslo e Hamburgo estão agora a competir abertamente com ‘Cidades Mundiais Estabelecidas’ como Londres e Paris.
Classificadas por referência aos principais índices, estas ‘Novas Cidades Mundiais’, como o relatório as apelida, são ágeis, ultra-tecnológicas e inovadoras, denotando um novo modelo do que significa ser simultaneamente uma cidade global e habitável. Comparativamente às ‘Cidades Mundiais Estabelecidas’ – estas últimas fortemente globalizadas e que atraem a maior percentagem de serviços financeiros e empresariais, caso de Londres, Nova Iorque, Paris e Tóquio – as ‘Novas Cidades Mundiais’ não têm a mesma escala nem as mesmas funções enquanto grandes destinos de investimento, mas evoluíram como centros especializados para a tomada de decisão e para os sectores de conhecimento intensivo, bem como através da promoção de uma elevada qualidade de vida.
“As ‘Novas Cidades Mundiais’ exibem um conjunto diversificado de forças que lhes conferem vantagens competitivas em relação às ‘Cidades Mundiais Estabelecidas e Emergentes’”, disse Rosemary Feenan, head of Global Research Programmes na JLL. Acrescentando que “a sua menor escala torna-as muito ágeis e atraem muitos ‘millennials’; a faixa demográfica que procura imobiliário menos convencional, que prefere imóveis com carácter, uma forte cultura tecnológica e que oferecem uma maior qualidade de vida”.
As fortes capacidades de inovação e a riqueza tecnológica podem ser encontradas nas ‘Novas Cidades Mundiais’ da Alemanha e dos países nórdicos, como Munique, Berlim e Oslo, e com Copenhaga, Viena e Hamburgo a ocuparem posições elevadas nos rankings que classificam a qualidade de vida e o talento. Em Espanha, o forte apelo cultural da ‘Nova Cidade Mundial’ de Barcelona e a sua reputação global fortalecem agora a sua competitividade no palco mundial.
Relativamente à sua dimensão económica, estas cidades atraem uma percentagem desproporcional de investimento global à medida que os investidores olham além do grupo core das ‘Cidades Mundiais Estabelecidas e Emergentes’ e consideram cada vez mais nas suas estratégias de investimento, factores como a habitabilidade, a sustentabilidade e a competitividade tecnológica. Estas cidades irão liderar na oferta de edifícios inteligentes e energicamente eficientes, segundo o relatório, e os investidores estão a olhar para elas com cada vez maior atenção à medida que estas começam a competir a uma escala global.
No Top 10 das ‘Novas Cidades Mundiais’ faz parte: Copenhaga, Viena, Munique, Montreal, Oslo, Hamburgo, Toronto, Barcelona, Berlim e Vancouver.
Foto: Copenhaga - "Søerne 2". Licenciado sob Domínio público, via Wikimedia Commons - https://commons.wikimedia.org/wiki/File:S%C3%B8erne_2.jpg#/media/File:S%C3%B8erne_2.jpg