Um projecto imobiliário localizado na marginal de Luanda, em Angola, no valor de mil milhões de euros, encontra-se aberto a investidores externos. A entidade que o gere, a Sociedade Baía de Luanda (SBL), apresentou os primeiros 25 edifícios.

As áreas de construção da SBL, onde se inclui habitação, escritórios e comércio, totalizam 494 mil metros quadrados, distribuídos por três parcelas, ao longo da marginal, incluindo o futuro centro financeiro. O projecto dos primeiros edifícios foram apresentados e já foi anunciado que o mesmo está aberto a investidores nacionais e estrangeiros. Esta primeira fase está orçada em mil milhões de euros.

Os principais accionistas da SBL são a petrolífera angolana Sonangol, o Banco Privado Atlântico, o Banco Comercial Português e a Finicapital. Trata-se de um investimento de cerca de 300 milhões de euros no projecto de requalificação, que se espera venha a ser recuperado em 10 anos.

O presidente do Conselho de Administração do Banco Privado Atlântico, Carlos Silva, explicou que existem “sociedades com investidores chineses, portugueses, espanhóis e angolanos”, tratando-se de um “investimento que assenta na requalificação de uma das zonas mais emblemáticas do país, devolvendo à cidade todo o equilíbrio ecológico”. Salientando que “para termos uma ideia do que se vai passar aqui onde estamos, neste pedaço de terra conquistado à baía, faz parte da contrapartida pela requalificação, apenas metade do espaço [nove hectares] tem edifícios, o resto são zonas verdes".

Carlos Silva esclareceu ainda que este projecto só vai ser possível graças à "estabilidade macro-económica" que Angola vive actualmente e pretende ser “uma referência urbana" no continente africano.