A situação actual do mercado imobiliário de escritórios de Barcelona, em Espanha, é bastante positiva, apresentando-se o ano de 2015 com os melhores resultados desde 2005.

Esta informação é dada no estudo sobre o ‘Mercado de Escritórios de Barcelona’ do BNP Paribas Real Estate e divulgados pela Worx, first provider da empresa em Portugal.

O take up de escritórios de 2015 foi de 377.800m², valor consideravelmente superior ao ano anterior (+71%) e o mais alto desde 2005, ano recorde do sector. 2015 passa, assim, a ser o segundo melhor ano a nível de número de transacções e take up, com um último trimestre recordista com 110 transações e superior a 2007.

Estes dados são reveladores de um mercado bastante dinâmico, economicamente estável a nível local e em clara ascensão na última década.

Após 2007 houve uma enorme quebra no mercado com uma redução no número de contratos de arrendamento, situação que começou a melhorar em 2011, em que se verificou o retorno de muitas empresas ao centro da cidade.

A vacancy rate desceu para 12,9% no último trimestre de 2015, valor inferior ao período de 2014 (14,2%), colocando 2015 com os níveis mais baixos desde 2010, com uma redução de 16% em termos anuais. O espaço disponível é cada vez menos pois não existe construção nova para aumentar a oferta, situação causada pela crise que afastou quaisquer planos das construtoras em apostar em novos projectos. A abordagem ao mercado é feita com maior precaução mas com planos de melhoria de actividade conforme a recuperação do mercado.

Para 2016 está planeada a entrada de 31,100 m2 e em 2017 será lançado um edifício de escritórios, propriedade da Iberdrola com 19,700m².

Em relação ao valor das rendas, verificou-se uma recuperação em 2013, influenciada pela recuperação económica do país, pelos volumes de take up verificados. A renda prime neste momento é de 20€/m² e ainda sujeita a aumentos conforme as flutuações de valores de mercado.

A recuperação económica em Espanha será representada por um aumento no PIB anual de 2,5%. Melhorias no consumo interno bem como no emprego vão continuar ao longo do ano e suportarão bons níveis de take-up de escritórios. A área absorvida nas transacções rondará os 360,000 m2 com valores de arrendamento a variar conforme a disponibilidade de espaços.

De acordo com a mesma fonte, as perspectivas de Lisboa acompanham as de Barcelona uma vez que são mercados bastante parecidos, na medida em que ambos se encontram num momento positivo de mercado após a crise no sector e com muita procura de escritórios nas melhores zonas. Os desafios a superar vão ser os mesmos, aumentar a oferta de qualidade para fazer face a uma procura cada vez mais exigente. A aposta da construção de novos edifícios de escritórios e na reabilitação será claramente a tendência para os próximos anos, com forte impacto nas dinâmicas espaciais e económicas da cidade.