A empresa brasileira Mapie partiu à procura da resposta para a seguinte pergunta: "O que os turistas de lazer pensam do parque hoteleiro nacional?" A resposta foi clara: “A hotelaria brasileira é cara para o que oferece”.

A Mapie é uma empresa especializada em gestão estratégica de serviços, com escritórios em São Paulo e Curitiba, que promove pesquisas de mercado. A sua última análise: “Como se comportam os hóspedes?”, foi realizada junto dos turistas do segmento de lazer e os dados recolhidos permitiram apurar a opinião, os níveis de satisfação e as formas de como se expressam os turistas.

Entre os problemas destacados pelos entrevistados, está a falta de limpeza dentro de um hotel (99,3%), atendimento pouco profissional e pouco simpático (96,9%) ou ineficiente (96,6%), tempo de demora no atendimento (94,9%), estrutura mal cuidada (90%) e barulho excessivo (87,%). A burocracia também foi apontada pelos inquiridos como um ponto negativo. No estudo pode ler-se que “a hotelaria de lazer brasileira poderia ser mais leve, moderna, com mais personalidade e com serviços e processos desburocratizados”.

Outros elementos realçados pelos turistas referem-se a etapas que consideram as mais chataa da hospedagem: check-in (42,8%) e ao check-out (43,5%).

Na hora de reclamar, são os brasileiros que melhor o sabe fazer. Cerca de 70% dos inquiridos brisileiros não perde tempo e desencadeia todos os meios ao seu dispor para resolver imediatamente o seu problema, exigindo as devidas providências. Já 54% dos entrevistados apontaram que encontraram problemas no formulário de avaliação do hotel.

Nesta análise, verificou-se ainda que 20,2% dos turistas de lazer fazem recurso às redes sociais para expor os seus problemas. E apenas 4% afirmou não reclamar ou tomar qualquer atitude para esse efeito.

Saliente-se ainda que na escolha de um hotel os turistas de lazer foram peremptórios ao afirmarem que é a experiência anterior positiva numa determinada unidade hoteleira que os leva a voltar a escolher a mesma ou da mesma rede.