O IPDT - Instituto de Turismo levou a cabo um estudo sobre a intenção de férias da população de Portugal Continental para o Natal e Ano Novo. O resultado é pouco animador: o número de portugueses que este ano vão ficar em casa neste período, sem passarem férias fora, aumentou 5,9%, para 93,4% do total. Dos 6,6% de inquiridos que vão de férias, 84,8% optam por ficar no País.

Os dados avançados revelam que 45,5% dos portugueses vão passar estas férias em casa. Tal prende-se com factores de ordem financeira ou resultantes da crise económica, como seja a perda do emprego ou os cortes nas pensões. Outro número novo são os 43,5% de inquiridos que dizem não irem para fora porque vão trabalhar na época natalícia e na passagem de ano.

 

Ainda assim, este estudo indicia que existe uma maior intenção de consumo em férias no período de Natal, quando comparado com o ano passado. Mais de um quarto dos inquiridos que vão pernoitar fora de casa (27,3%) consideram que vão gastar mais do que no mesmo período em 2013. Apenas 27% vão passar uma estada fora de casa mais longa do que há um ano.

A nível de regiões, o Porto e a Região Norte são os destinos de eleição dos portugueses que vão “para fora cá dentro”, sendo a opção para quase um terço (32,1%), mais do que os 30,9% registados em 2013. Já 25% dos inquiridos revelam que vão viajar para o Algarve, ainda assim menos do que os 33,6% do registado em 2013.

Este estudo abrangeu igualmente as férias que estão a ser planeadas para 2015 e a conclusão a que se chegou foi que somente 25,6% dos inquiridos tencionam passar férias fora de casa no próximo ano. Trata-se de uma percentagem inferior comparativamente a 2014, que foi de 54,4%. O IPDT explica que esta “intenção é relativamente baixa, o que aponta para alguma apreensão dos portugueses em relação às férias do próximo ano”.

Para 2015, 32,9% dos inquiridos vão optar por uma casa alugada para as suas férias, 14,8% preferem uma segunda residência e 13,3% a casa de familiares ou amigos. Quanto a gastos, o consumo médio global apontado pelos inquiridos será de 998 euros no próximo ano, um valor superior ao indicado em 2014 que foi de 793 euros, embora os consumos unitários por pessoa e por noite sejam semelhantes.

 

Refira-se que o inquérito do IPDT realizou-se entre 9 e 27 de Novembro de 2014, via telefónica para lares com telefone fixo, em Portugal continental e com sujeitos com 18 ou mais anos.