O novo terminal de cruzeiros de Leixões inaugura hoje. A administração portuária perspectiva que, em 2018, este espaço receba 130 mil passageiros.

A ideia deste terminal nasceu em 2010, na altura era Primeiro-Ministro José Sócrates, desde então o volume de escalas de navios cruzeiro tem vindo a crescer, sobretudo devido ao aumento do fluxo turístico que tem vindo a evoluir de forma positiva no Norte do País.

De acordo com a Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), só em 2015 o novo terminal já recebeu 90 navios cruzeiro, mais 12% que em todo o ano de 2014, o que se traduziu em “cerca de 90 mil passageiros e 45 mil tripulantes”. Na sua maioria os turistas são britânicos (44%), seguidos dos alemães (16%) e norte-americanos (15%).

De acordo com um Estudo de Viabilidade do projecto do novo Terminal, citado pela APDL, são esperadas, em 2018, cerca de 111 escalas de navios de cruzeiro, para além de 126.500 mil passageiros.

O mesmo estudo prevê ainda “um significativo acréscimo na procura turística da região, quer directa quer induzida” no mesmo período, que deverá resultar num acréscimo de receitas para a região do Norte do País de cerca de "11 milhões de euros ao nível da restauração, transportes, compras, cultura e lazer”.

Além da funcionalidade para a qual foi concebida, o edifício encerra um grande interesse arquitectónico. A estrutura em espiral do novo terminal de cruzeiros, que foi revestida por cerca de um milhão de azulejos brancos fabricados pela Vista Alegre, pode ser avistada ao longe, “quer para quem chega de navio, quer para quem chega de terra”, explicou à Lusa o arquitecto que projectou o equipamento.

“Há muitas dimensões sobre as quais a inserção no espaço envolvente tinha de resultar”, revelou Luís Pedro Silva, descrevendo, “desde logo, a funcionalidade de os passageiros que entram e saem do navio (terem) a sua articulação com os transportes em terra, a articulação com o porto de recreio e a ligação à cidade”.