O site norte-americano New York Post (NYP) divulgou as 10 principais razões para visitar Portugal. A Região Centro surge em destaque neste ranking, a par da cidade universitária de Coimbra, os martelos das festas de S. João, as praias, os pastéis de nada, as francesinhas ou o pão e, como não podia faltar, o vinho (muito vinho) e a ginga d'Óbidos.
O "luxo acessível" é a primeira razão para visitar Portugal, mais precisamente a região Centro. Lembrando que as entidades turísticas locais já reclamaram tantas vezes a falta de projecção internacional, vêem agora reconhecido o seu esforço uma vez que surge no topo da lista do NYP. “A área entre Lisboa e Porto que se estende desde o litoral à fronteira com Espanha é repleta de história, paisagens deslumbrantes, comida e vinho fenomenais e uma vida vivida a um ritmo mais lento”, descreve o site. O mesmo refere que as cidades do litoral e de montanha desta região possuem "muitos luxos escondidos", destacando o empreendimento Areias do Seixo como um espaço de "retiro ecológico" e as Casas do Côro como um hotel vinhateiro romântico.
Em segundo lugar surge algo que o NYP designou por "tempo de martelar!" e, claro, está-se a referir às festas de São João no Porto, que decorrem a 23 de Junho, com “milhares de pessoas a encher as ruas ao longo do rio Douro ara dançar, ver o fogo-de-artifício, libertar balões de papel pelo céu cheio do cheiro a sardinhas assadas”. O Porto não passou despercebido nesta lista.
O álcool é outra boa razão para visitar Portugal. Mas o NYP faz questão de referir que esta é uma tendência transversal a toda a Europa e que no nosso País fazemos a apologia da “cultura da bebida e não a cultura do bêbedo”. Na lista de vinhos recomendados deste site está o vinho Verde do Norte ou um shot de Ginja de Óbidos em copo de chocolate.
O bairrismo entre Lisboa e Porto não passou despercebido a este site. “Lisboa é conhecida pelos seus doces – pode encontrar as suas tartes típicas, os pastéis de nata, em todo o lado, mas os mais conhecidos são os Pastéis de Belém (…) O Porto, por outro lado, está cheio de tripeiros – comedores de tripas e das populares francesinhas (…)”. O destaque na cidade Invicta vai para o Café Majestic.
A cor dos nossos castelos chamou também a atenção deste site. Para o NYP os nossos castelos não são austeros, têm antes "tudo a ver com o esplendor”. E a escolha principal recaiu sobre o Palácio da Pena, em Sintra, onde explica que o rei Fernando II “transformou-o num excelente exemplo do romantismo português: fachadas cor-de-rosa, douradas e cinzentas, azulejos com influências mouras, colunas de pedra cuidadosamente esculpidas, a fazer lembrar um recife de coral, e um tritão de pedra a receber os visitantes no jardim”.
Outra razão para descobrir Portugal é, por incrível que pareça, o pão. É que para o jornalista do NYP, "dá para perceber muita coisa sobre a gastronomia de um país pelo cesto de pão que é servido num restaurante, e em Portugal, cada peça que provámos antes de uma refeição era do melhor”.
"A vida é uma praia" é também razão suficiente para uma deslocação ao nosso País, sobretudo à Comporta que é "onde as pessoas mais mediáticas e ‘fashion’ vão, bem como surfistas”, mas onde “não há nada para fazer a não ser conviver”. Aqui o Vale do Gaio Hotel ou as Casas na Areia são a sugestão de uma boa estada.
Coimbra, uma das cidades universitárias mais antigas do mundo, é um local onde vale a pena os turistas se perderem. Versão portuguesa de Oxford, segundo o NYP, com um ambiente único, dá ênfase à biblioteca barroca com mais de dois milhões de livros e às “ruas com influências árabes”. Aqui é também um bom local para petiscar.
Regresso à época medieval e a locais onde o tempo parece ter parado, é outra das dicas. As aldeias históricas de Portugal, sobretudo Sortelha, na Guarda, e o restaurante D. Sancho com os pratos típicos da região são o alvo deste site.
Por fim, este é um país tranquilo e seguro, uma vez que o NYP considerou que aqui se pode apanhar boleia em se correr perigo. Embora faça a advertência: “Se calhar foi por causa do vinho do Porto (…) mas quando um britânico chamado David nos pediu boleia pensámos ‘Porque não?’. Parar na Quinta do Tedo (no Alto Douro) para outra prova de vinhos com o nosso passageiro misterioso não ajudou a nossa avaliação, mas sobrevivemos e mantemos a memória da nossa viagem pelo Douro”.
Foto: Site Areias do Seixo