A Avenida da Liberdade, em Lisboa, vai dedicar uma semana aos turistas chineses. De 1 a 10 de Outubro, esta iniciativa visa aumentar o volume de vendas através da promoção das lojas de luxo e da decoração daquela artéria da capital.
O representante em Portugal da Global Blue, empresa de tax free que organiza este evento, Renato Lira Leite, em declarações à agência Lusa, explicou que a designada ‘Golden Week Lisbon’ acompanha “um conjunto de feriados nacionais na China em que, por norma, nos últimos anos, os chineses estão habituados a sair do país e a virem fazer compras”, sobretudo os que têm um maior poder de compra.
Renato Lira Leite avançou que vão fazer “toda uma comunicação exclusiva e dedicada a este período”, que será apresentada em mandarim para que não exista “nenhuma barreira cultural”. O momento vai contar também com a decoração da Avenida da Liberdade “com pendões alusivos” a esta iniciativa.
Com a promoção das “marcas internacionais ou locais junto dos turistas internacionais”, a organização prevê que existam “mais negócios e mais vendas” nas cerca de 40 lojas de luxo desta artéria da capital. Além disso, para os chineses, “o artigo fica mais barato comparando com outras capitais europeias”.
A acção passa, em primeiro lugar, pela distribuição de um ‘flyer'’ com o mapa das lojas que estará disponível nos hotéis e nos centros turísticos. Depois, a mensagem vai ser comunicada “ao longo da viagem deste turista, seja em revistas de bordo, seja em outros meios nos aeroportos. E temos também a preocupação de, quando chegam ao País, dar-lhes a conhecer onde estão as lojas”. Vai ainda ser desenvolvida uma “formação cultural” junto dos funcionários destas lojas de luxo para que estejam preparados para receber os visitantes chineses.
Os dados mais recentes apontam para que, entre Janeiro e Agosto de 2015, os turistas chineses tenham sido responsáveis por 14% das vendas de ‘tax free’, ou seja, com reembolso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Segundo Renato Lira Leite está-se “a falar de dezenas de milhões de euros” movimentados não só na Avenida da Liberdade, como também nos centros comerciais Colombo e Freeport. Refira-se que este valor de 14% só é superado pelos angolanos (50%) e pelos brasileiros (20%).
Foto: Anabela Louureiro