O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, defendeu que o futuro do turismo na capital envolve a “criação de novas zonas de atractividade”. E este novo desafio exige o alargamento das áreas de fruição turística que, regra geral, estão “concentradas na Baixa”.

Estas declarações foram proferidas pelo autarca no almoço mensal da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). O momento serviu para Fernando Medina enfatizar a ideia de que “o País não pode desperdiçar os resultados do sector do turismo”.

Entre os temas que apresentou neste evento, esteve a taxa de um euro que vai ser cobrada aos turistas que pernoitem na cidade, a partir de 2016, e que, segundo o governante, visa aumentar as verbas para investir no turismo e cuja receita destina-se ao Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa. O alargamento do serviço aeroportuário, a construção do novo terminal de cruzeiros e o plano de pavimentação das ruas da cidade como investimentos importantes para o turismo foram outros tópicos na ordem do dia.

No almoço da AHP, o presidente do conselho geral da AHP, Luís Veiga, destacou a necessidade de se regular bem as actividades económicas, uma vez que ainda se denotam irregularidades no âmbito do alojamento local. Comunicar devidamente com os turistas e cuidar da cidade, foram outros dois pontos que salientou.

Pegando também na questão do alojamento local, o delegado da região de Lisboa da AHP, Luís Alves Sousa, lançou outras questões que também devem ser bem analisadas, como é o caso da segurança nos edifícios antigos, o controlo dos hóspedes e o impacto na vida social da cidade.

A estas preocupações, um dos hoteleiros presentes no evento enfatizou a questão da segurança, onde se tem sentido um aumento roubos e venda de droga aos turistas. Fernando Medina compreendeu a legitimidade desta inquietação mas explicou que a autarquia não tem a competência em matéria de criminalidade.

Também as questões da poluição e do ruído gerado pelo turismo foram debatidas, tendo o presidente da autarquia esclarecido que estão a ser delimitadas zonas da cidade em que não é permitida a circulação de veículos turísticos como os ‘tuk-tuk’, a par da regulamentação dos horários de bares e lojas de conveniência.

Foto: Anabela Loureiro