A Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP) desenvolveu uma estratégia de marketing através da qual pretende alcançar mais 30% de turistas até 2020. O objectivo é conquistar sete milhões de visitantes e aumentar a estada média dos actuais 1.9 para quatro dias.

Esta estratégia passa igualmente pelo aumento da notoriedade do destino, a melhoria dos indicadores do turismo, o combate à sazonalidade e a redução das assimetrias entre os sub-destinos: Douro, Minho, Porto e Trás-os-Montes.

A estratégia para o Douro foi apresentada em Vila Real, sendo que, até 9 de Dezembro, serão apresentados os planos para as restantes sub-regiões.

No que diz respeito ao Douro, o plano revela que os pontos fortes da região passam pelo turismo náutico (cruzeiros e passeios no rio Douro), gastronomia e vinhos (quintas) e turismo cultural e paisagístico e a natureza. Entre os produtos complementares está o turismo religioso, ao turismo de saúde e bem-estar e ainda os segmentos de golfe e negócios.

Segundo a directora de operações da TPNP, Isabel Castro, “para este território temos que apostar naquilo que é verdadeiramente diferenciador e que não é replicável. Existe aqui e não existe em mais nenhuma parte do mundo e é essa especificidade que temos que vender”. Acrescentando a necessidade de combater a sazonalidade e de apostar na captação de turistas fora do ciclo da vinha, altura em que a região é mais procurada pelos turistas nacionais e internacionais.

Os mercados que foram considerados prioritários para este sub-destino foram: Portugal, Espanha, França, Reino Unido e Holanda, Alemanha, Itália ou Estados Unidos da América. Em termos de perfil do turista corresponde a casais jovens ou recém-casados (dos 25 aos 35 anos), famílias com filhos menores (25 a 45 anos) e séniores e reformados (com mais de 60 anos). Entre as principais motivações destes turistas está a singularidade da paisagem, a riqueza do património edificado e imaterial e a gastronomia regional.

O evento serviu ainda para alertar para o facto de que esta estratégia só é possível de ser concretizada se envolver todos os agentes privados e públicos e se se apostar na formação profissional, na conservação, recuperação e inovação de infra-estruturas de interesse turístico, na promoção dos produtos âncora e na modernização dos centros interpretativos.

Para o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, falta ainda projectar a região e as suas mais-valias num “contexto internacional”, “partilhar as visitas” e que os turistas que passeiam no rio Douro “conheçam os territórios, visitem e consumam”. A par da necessidade de aumentar o número de unidades hoteleiras na região, adiantando que já existem projectos hoteleiros que poderão vir a conhecer a luz do dia nos próximos anos.

Foto: Turismo Porto e Norte