Em comunicado divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a concessionária de jogo Estoril-Sol SGPS revela que obteve, no primeiro trimestre de 2016, 1.64 milhões de euros. Este é um valor substancialmente superior ao auferido, em 2015, de 673 mil euros.

A empresa, detida pela Finansol (57,8%) e pela Amorim Entertainment e Gaming International (em 32,6%), explica que a quase duplicação da facturação se ficou a dever à “combinação favorável da evolução positiva das receitas de jogo e da redução substancial dos encargos financeiros suportados pelo Grupo Estoril-Sol”.

Apesar de “apenas o casino de Lisboa apresentar um resultado líquido positivo, de aproximadamente 3,6 milhões de euros”, a realidade é que “nos três primeiros meses de 2016 todos os casinos do Grupo terem apresentado taxas de crescimento das receitas de jogo positivas, sendo estas de 8,1% no Casino da Póvoa, 4,3% no Casino de Lisboa e 3,2% no Casino do Estoril”.

Em termos numéricos, e entre o período de Janeiro e Março, as receitas brutas de jogo do Grupo Estoril-Sol cresceram 5,2% face ao ano anterior e totalizaram 46,3 milhões de euros; enquanto o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) cresceu 9%, face a período homólogo de 2015, na ordem dos 7,9 milhões de euros.

Relativamente ao novo regime jurídico dos jogos e apostas ‘online’, que entrou em vigor em 2015, a empresa considera que foi uma “penalização para as concessionárias de jogo pondo unilateralmente termo ao direito exclusivo de exploração dos jogos de fortuna ou azar em território nacional”. Acrescentando que, para as concessionárias terem esse direito exclusivo, tiveram de pagar “vultuosas quantias e assumiram significativas obrigações acessórias de exploração”. Na opinião deste Grupo, a nova legislação coloca as concessionárias “em igualdade de circunstâncias com os infractores do passado que, entretanto, conseguiram ilegalmente construir a sua base de dados de clientes, factor determinante para garantir o sucesso deste negócio” e que as “actuais concessionárias de jogo em pouco, ou nada, poderão vir a beneficiar, para equilibrar as suas contas de exploração, da medida de regulamentação entretanto deliberada”.

Foto: Casino do Estoril