O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defendeu no seminário ‘Portugal 2020: os fundos comunitários e as autarquias locais’, que decorreu em Aveiro, que em Portugal “ainda há espaço” para a indústria turística crescer. A tendência será para inovar e captar turistas em outras regiões para lá dos tradicionais destinos de Lisboa, Porto ou Algarve.
Manuel Caldeira Cabral considerou que não se pretende “desvalorizar os destinos onde chegam os turistas”, mas antes “usar a complementaridade com esses destinos”. Por outras palavras, “se os turistas já chegaram a Lisboa, estão muito perto do Ribatejo e do Alentejo, se já chegaram ao Porto estão perto de outras regiões e temos de expandir a área de influência, para que o turismo possa ser fator de desenvolvimento regional”.
No âmbito desta conferência, no painel sobre ‘Competitividade e Empreendorismo’, o ministro da Economia salientou que a inovação é o “o outro lado da equação da competitividade” e que o Governo “está a olhar para a competitividade de forma diferente, em relação aos últimos quatro anos”, destacando que “é preciso continuar a olhar para os custos, mas temos de olhar também para o outro lado da equação e criar valor”.
Para o efeito, deu como exemplo a utilização de “recursos que estavam desaproveitados, como o programa de recuperação do património, em que os primeiros 30 imóveis do Estado, espalhados por todo o País, vão criar uma oferta diferenciadora”; bem como o programa “Portugal Destino Wi-Fi”, em que “as primeiras experiências vão ser fora de Lisboa”.
O ministro da Economia anunciou ainda a criação de uma rede nacional de incubadoras, através do programa ‘Start-Up Portugal’ que será lançado no final de Setembro e que pretende uniformizar os apoios e aproveitar a experiência das incubadoras de empresas com maior maturidade. É que, na sua opinião, estas novas empresas “têm enorme potencial de criar novo emprego qualificado”.
Foto: Anabela Loureiro