A construção de um parque de estacionamento subterrâneo na cidade de Chaves trouxer à luz do dia as termas medicinais romanas com cerca de dois mil anos. Face a esta descoberta a autarquia submeteu uma candidatura de 800 mil euros a fundos comunitários para promover a conservação e musealização deste espaço.

Foi em 2005 que se iniciaram as obras do parque de estacionamento e, desde então, as escavações revelaram um balneário romano composto por duas grandes piscinas e sete de pequenas dimensões e ainda um complexo sistema hidráulico de abastecimento às estruturas que ainda hoje funciona.

O presidente da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira, em declarações à agência Lusa, salientou que foi necessário construir um edifício com o intuito de preservar este achado histórico e que, na sua opinião, potenciará a visita de turistas e especialistas das aéreas da arqueologia e da hidrologia.

Os autores deste projecto foram os arquitectos Cândido Lopes e Nicolau Lopes. No entanto, a proposta inicial desta dupla acabou por sofrer alterações fruto dos pareceres impostos pelos vários organismos que tiveram intervenção em todo o processo, como foi o caso do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR).

O autarca adiantou também que o município preparou uma candidatura que já foi submetida ao Norte 2020, num valor que ronda os 800 mil euros, com o objectivo de proceder à conservação do antigo balneário e à sua musealização. António Cabeleira diz estar convicto que la vai ser aprovada devido ao valor do achado arqueológico”.

Antes de abrir ao público, vai proceder-se à desumidificação do espaço, intervenção que será concretizada através de ajuste directo. Vão ser igualmente construídos passadiços de vidro para possibilitar a observação destas termas que assentavam num complexo sistema hidráulico que levava as águas termais das nascentes às piscinas.

Este espaço museológico vai ser mais um pólo de atracção da cidade, a par da ancestral ponte romana de Trajano, e deverá abrir ao público em 2018.

Foto: IGESPAR