A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, revelou que a receita fiscal obtida com o alojamento local quase duplicou em pouco mais de um ano, passando de 69 milhões em 2015 para 123 milhões de euros em 2017.

À margem da conferência ‘Um alerta para a fraude online na indústria do turismo’, promovida pela Safe Communities Portugal, que decorreu em Faro, e em declarações à agência Lusa, a secretária de Estado do Turismo afirmou que “este aumento resultou de uma entrada na economia formal de um conjunto de unidades que não estavam registadas e, como tal, fora do mercado”.

Ana Mendes Godinho avançou também que as campanhas de integração destes alojamentos na economia formal “têm tido resultados muito positivos”. Recorde-se que foi implementada uma nova regra que obriga ao registo das plataformas de reservas online, a qual, segundo a governante, “é uma regra que obriga a que o número de registo esteja visível nas plataformas, originando de imediato uma entrada de unidades de alojamento, passando dos 28 mil registos em 2015 para mais de 50 mil actualmente”.

A este propósito acrescentou ainda que a obrigatoriedade do registo do alojamento local gerou uma quase duplicação da receita fiscal, passando dos cerca de 69 milhões de euros em 2015 para os 123 milhões em 2017, ou seja, estes alojamentos estão “a contribuir, como todos, para a economia formal”.

Ana Mendes Godinho lembrou que muitos destes alojamentos funcionavam “na clandestinidade”, pelo que a legalização dos mesmos acaba por promover ofertas regulares e combater a fraude com o aluguer de equipamentos na Internet.

“O que neste momento Portugal está a dizer é que tudo aquilo que está registado é alojamento fidedigno. É um passo importante para a segurança, porque dá uma garantia dos alojamentos que existem e é uma forma de dizer que, também aí, somos um destino seguro”, concluiu.

Foto: Anabela Loureiro