No Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que decorreu em Coimbra, o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, Raúl Martins, mostrou-se preocupado com o sector em Portugal, defendendo a sustentabilidade do País enquanto destino turístico.

Os impactos sobre habitação e transportes nas zonas urbanas mais procuradas estiveram no topo da lista de Raúl Martins, áreas que, como explicou, onde já começa “a adivinhar-se algum descontentamento”.

Os países e regiões que apresentam a “frescura da novidade e que se diferenciam por vários motivos” de Portugal, foi outro dos pontos destacados como ‘ameaça’ ao nosso turismo. A par da “dificuldade na captação, retenção e formação de pessoas” na indústria da hospitalidade e os contratos colectivos de trabalho que, na sua opinião, se encontram actualmente “obsoletos e que não respondem às modernas formas de organização e novas funções da hotelaria, porque estão agarrados a modelos do século XX e não ao presente e futuro”.

A capacidade esgotada do aeroporto de Lisboa e as alterações climáticas são outras das actuais preocupações. Raúl Martins acredita que “será mau também para o Turismo no médio prazo” o facto de este sector estar dependente dos recursos naturais e das perturbações política, económica e social.

Na sua opinião, o sector e o País vive “um momento decisivo, em que política, tecnologia, infra-estruturas e recursos humanos se preparam para a epopeia do século XXI: estabelecer Portugal como um destino estável, maduro e sustentável, tanto para quem nos visita, como para quem aqui vive”.

Foto: Anabela Loureiro