A Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia (APTECE) acaba de lançar, “Terra Culinária”. Esta iniciativa visa seleccionar e distinguir o melhor programa de actividades orientado para o mercado e para a valorização do património gastronómico local.
Este novo desafio foi lançado pela APTECE junto dos agentes locais, nomeadamente autarquias, confrarias, restaurantes, hotéis, produtores e agentes de promoção cultural e entretenimento. A iniciativa visa seleccionar e distinguir com o selo “Terra Culinária do Ano”, o município, unidade territorial ou sub-região que apresente o melhor programa de actividades integrado, com clara orientação para o mercado e para a valorização do património gastronómico local.
Durante um ano, o vencedor do selo “Terra Culinária”, deve apostar na sua promoção tendo em conta a gastronomia local e em iniciativas destinadas ao mercado nacional e internacional. Esta distinção pretende, ainda, incentivar o turismo, melhorando a relação do mundo rural e da produção típica local com a oferta integrada local. A divulgação da cultura local, a valorização dos profissionais do segmento, a potencialização de todos os elementos referentes à gastronomia no contexto turístico, e o reforço das suas características e peculiaridades são outros dos objectivos que têm como missão contribuir para o desenvolvimento da economia local.
A apresentação de candidaturas pode ser feita por qualquer entidade, desde que representativa de um município, unidade territorial ou sub-região, que prove conciliar pela sua natureza (associativa, jurídica ou outra) um conjunto de sectores relevantes para os propósitos do projecto. As candidaturas podem ser enviadas até 31 de Agosto, e são, posteriormente, avaliadas por um júri composto por cinco elementos da organização - APTECE, Turismo de Portugal, DGARD - Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, bem como dois convidados. O vencedor é conhecido no 1.º Congresso Nacional de Turismo de Culinária e Economia.
O presidente da APTECE, José Borralho, considera que “a gastronomia possui uma importância cultural e/ou natural tão excepcional que transcende as fronteiras nacionais e reveste-se de carácter inestimável para as gerações actuais e futuras de toda a humanidade. Assim sendo, a protecção permanente deste património é da maior importância, pelo que urge desenvolver e aprofundar a reflexão sobre o património gastronómico regional como um dos pilares indispensáveis e sobre o qual deveria fundamentar-se o turismo cultural”.
Já a DGADR e a Rede Rural Nacional referem que “reconhecendo a importância da oferta gastronómica local, como forma de valorizar a produção de produtos agrícolas e agroalimentares locais, identificando-a como produto estratégico competitivo para a oferta turística. O contributo que este projecto pretende dar para a recuperação, revitalização e preservação futura da gastronomia local, com base nos produtos aí produzidos e o incremento daquela como elemento diferenciador e potenciador do turismo, serão certamente factores de valorização e promoção de produtos agrícolas e agroalimentares locais, contribuindo para a competitividade da agricultura, o desenvolvimento social e equilíbrio ambiental dos territórios rurais”.
O projecto “Terra de Culinária” é da responsabilidade da APTECE - Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia em parceria com o Turismo de Portugal e a DGARD - Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.