O projecto “Uma árvore pela floresta” foi hoje apresentado em Lisboa. Trata-se de uma parceria entre a Quercus e os CTT que tem como objectivo que os portugueses ajudem a reflorestar as zonas florestais fustigadas pelos incêndios.
A Quercus e os CTT uniram esforços e juntos pretendem incentivar e sensibilizar os portugueses a comprar uma árvore, que depois será plantada em áreas classificadas, com espécies autóctones, em várias zonas ardidas das regiões Norte e Centro.
O projecto designado por “Uma árvore pela floresta” tem como objectivo criar bosques que desenvolvam uma maior resistência à propagação dos incêndios florestais e que, simultaneamente, amenizem o clima, promovam a biodiversidade e protejam paisagem, água e solos.
A campanha vai decorrer em 210 lojas dos CTT até 31 de Outubro. Cada árvore tem o valor de três euros e dá a possibilidade de escolher entre 28 espécies, como carvalho-alvarinho, carvalho-negral, sobreiro, azinheira, freixo, azevinho ou medronheiro.
O comprador recebe uma “árvore” em cartão reciclado - simbolizando o seu contributo para a floresta - e um código que vai servir para registar a espécie que a Quercus promete plantar antes da Primavera do próximo ano.
Através deste registo em http://umaarvorepelafloresta.quercus.pt/, será identificada a espécie escolhida e o local de plantação. Quem contribuir vai poder consultar a evolução da “sua” árvore, no bosque onde foi instalada, nos próximos cinco anos.
A parceria com a Quercus integra-se na política de apoio à biodiversidade e ao combate às alterações climáticas dos CTT, e respeita a plantações efectuadas em áreas classificadas e em terrenos baldios ou pertencentes ao Estado, de modo a assegurar a preservação futura dos bosques, sem que haja o risco da sua venda, explicam as entidades.
O Norte e Centro do País foram consideradas regiões prioritárias, pois é nestas áreas que a floresta autóctone apresenta mais degradação, além de que as serras da Peneda e Gerês, Serra de Montemuro, Alvão e Serra da Estrela são os locais elegíveis.
Até 15 de Agosto, os incêndios florestais destruíram uma área de 8.645 hectares, cerca de um quinto do total registado no mesmo período de 2013, segundo o último relatório provisório de incêndios florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Das 5.161 ocorrências, 824 foram fogos em floresta e 4.337, fogachos. Do total de fogos naquele período, 11 são considerados grandes incêndios, ou seja, dizem respeito a uma área ardida igual ou superior a 100 hectares, e queimaram 2.972 hectares, o que corresponde a 34% do total do território destruído.
Foto: Gerês