A Aliança Renault-Nissan detém 58% do mercado de automóveis zero emissões e os seus veículos eléctricos já percorreram mais de quatro mil milhões de quilómetros. O Nissan LEAF é o automóvel eléctrico mais vendido da história e a Renault liderou o mercado de veículos em Outubro de 2014.
Ao longo dos anos tem-se tentado implementar os veículos eléctricos mas, a realidade é que acabaram sempre por desaparecer, sendo que muitos deles estão guardados em garagens um pouco por todo o mundo. Mas quer parecer que algo está a mudar, seja pelas exigências das políticas ambientais, seja pela própria mudança de mentalidades, o que é certo, é que esta nova vaga de veículos eléctricos parece querer vingar.
A Aliança Renault-Nissan é exemplo dessa realidade, uma vez que, como anunciou, já vendeu 200 mil automóveis eléctricos e detém 58% de quota no mercado dos automóveis zero emissões. Em conjunto, os automóveis eléctricos da Renault e da Nissan já percorreram quatro mil milhões de quilómetros com uma economia de combustível de 200 milhões de litros e 450 milhões de kg de emissões de CO2 que não foram emitidos. Estes números surgem quatro anos depois do lançamento do Nissan LEAF que é o automóvel 100% eléctrico mais vendido da história.
De Janeiro até à primeira semana de Novembro, deste ano, a Aliança vendeu cerca de 66.500 automóveis eléctricos (incluindo o Twizy) com um crescimento de cerca de 20% face ao mesmo período de 2013.
Perante este cenário, o Chairman & CEO da Aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, refere que “os automóveis eléctricos da Renault e da Nissan são líderes do mercado de zero emissões mas, mais importante, têm elevados índices de satisfação dos clientes em todo o mundo”.
Com efeito, nos Estados Unidos da América, o maior mercado da aliança para os veículos eléctricos, existem mais de 750 postos de carga rápida em funcionamento e, em conjunto com a sua rede e os operadores de electricidade, a Nissan espera elevar este número para 1.100 em meados de 2015.
No Japão, que é o segundo mercado de veículos eléctricos desta Aliança, existem mais de 2.900 postos de carga rápida em funcionamento, sendo que os construtores japoneses estão a trabalhar em conjunto para que este número atinja os 6.000 pontos em Março de 2015.
Na Europa, a Grã-Bretanha é o mercado mais desenvolvido no que diz respeito à infra-estrutura de carregamento para automóveis eléctricos e actualmente os postos de carregamento rápido cobrem 87% das auto-estradas.
No caso de Portugal, e no seguimento das medidas de austeridade impostas ao País, os benefícios fiscais para quem adquirisse este tipo de veículos, o incentivo ao abate, a isenção de Imposto Automóvel ou de Imposto Único de Circulação ou as deduções fiscais para as empresas alteraram-se ou desapareceram. Hoje apenas cerca de 500 viaturas eléctricas circulam em Portugal, a esmagadora maioria nas ruas de Lisboa.
Ainda assim, a aposta nos veículos eléctricos pode vir a aumentar. É que a União Europeia (UE) pretende eliminar os veículos de combustão interna convencionais a circular nas cidades europeias, tendo traçado a meta de 2050 para reduzir até 60% a emissões dos gases com efeitos de estufa provenientes do sector dos transportes, diminuir a poluição ambiental e sonora, aumentar a eficiência energética, reduzir o consumo de recursos naturais e promover o desenvolvimento económico sustentado. Ainda assim, a UE adverte: para se atingir este patamar é necessário apostar na tecnologia e envolver os consumidores no projecto dos veículos eléctricos.
Foto: Renault-ZOE