O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia avançou que Portugal vai definir até ao Verão o valor da contribuição para o Fundo Verde que irá apresentar na Conferência do Clima de Paris (COP21), que vai decorrer de 30 de Novembro a 11 de Dezembro.

Em declarações à agência Lusa, Jorge Moreira da Silva afirmou que “nos próximos dois meses toda a tramitação e autorizações de natureza financeira estarão concluídas” no que diz respeito à contribuição de Portugal para esse fundo. Acrescentando que “o apoio de Portugal faz-se muito para além do fundo”.

Segundo o ministro, “a nossa missão não é apenas para o fundo, dada a nossa relação com os países que integram a CPLP. Temos vindo, além do Fundo Verde, a desenvolver muitos projectos de apoio ao desenvolvimento, capacitação na área das alterações climáticas, como o caso das aldeias solares em Moçambique e do Atlas de Energias Renováveis em África”.

Jorge Moreira da Silva assumiu que “Portugal tem metas mais ambiciosas do que as europeias nas energias renováveis”, uma vez que “a meta europeia para 2030 fixada em Outubro último é de 27% em 2030 e a meta portuguesa é de 40%”.

As medidas que têm vindo a ser incrementadas pelo actual Executivo em matéria ambiental fizeram, segundo o governante, com que “o papel de Portugal seja muito valorizado por organizações internacionais e por outros países porque não fizemos da crise pretexto para adiar ou para transigir, fizemos da crise uma razão adicional para liderar na área verde”. Para o efeito deu como exemplo as reformas nas áreas da energia, da reforma da fiscalidade verde e do Compromisso para o Crescimento Verde.

Foto: Anabela Loureiro